O Exército do Líbano começou a reforçar sua presença no sul do país, segundo informaram em uma declaração nesta quarta-feira (27), após a implementação do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.
O Líbano compartilha sua fronteira sul com Israel. O novo acordo de cessar-fogo estipula que Israel deve retirar todas as suas forças do sul do Líbano, e que os únicos grupos armados presentes ao sul do rio Litani devem ser os militares libaneses e as forças de manutenção da paz da ONU.
“O Exército começou a reforçar sua implantação no setor de Litani do Sul e a estender a autoridade do Estado em coordenação com a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil)”, disse a declaração do Comando do Exército.
Entenda os conflitos no Oriente Médio
No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.
A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.Play Video
Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.
A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.
Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.
Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.