O grupo palestino Hamas pediu aos moradores da Faixa de Gaza que entreguem colaboradores e mercenários que trabalham com Israel, ou enfrentarão a “mão rigorosa da justiça”, como parte de sua reafirmação no território palestino após a implementação da primeira fase do acordo de cessar-fogo com Israel.
A força de segurança Radaa, afiliada ao Hamas, afirmou em um comunicado que estava conduzindo uma “operação de segurança abrangente” em Gaza para atingir “aqueles envolvidos em colaboração com a ocupação e seus mercenários e qualquer pessoa que os abrigue” e para “limpar a retaguarda”.
“Afirmamos que a última oportunidade de corrigir o rumo e fornecer qualquer informação disponível permanece aberta para aqueles que desejam retornar ao abraço da pátria. Depois disso, não haverá escapatória da mão severa da justiça que atingirá todos os traidores e protetores”, afirmou a Radaa.
Confrontos violentos eclodiram entre o Hamas e grupos rivais em diversas áreas de Gaza nos últimos dias, à medida que crescem as preocupações com a situação de segurança após a retirada de Israel de partes do território.
Relatos de violência foram amplamente compartilhados nas redes sociais, com um vídeo compartilhado por canais afiliados ao Hamas mostrando um grupo de combatentes mascarados, alguns dos quais usando faixas verdes do Hamas, matando oito pessoas vendadas em uma praça na Cidade de Gaza.
A imprensa internacional verificou o local onde o vídeo foi filmado, o bairro de Al Sabra, no oeste da Cidade de Gaza, mas não pode confirmar de forma independente quando o caso ocorreu.
O vídeo veio à tona após dias de relatos de confrontos entre combatentes do Hamas e a família Doghmush, um poderoso clã sediado em al-Sabra. A família Doghmush alegou que 28 membros do clã foram mortos pelo Hamas, apesar de terem recebido garantias de segurança caso se rendessem.
No domingo (12), o Ministério do Interior de Gaza, administrado pelo Hamas, anunciou anistia para membros de gangues criminosas “não envolvidas em derramamento de sangue ou assassinatos”, afirmando que o período de anistia duraria até 19 de outubro.