O chefe do Mossad (agência de inteligência israelense) David Barnea, viajou para Doha, capital do Catar, na quinta-feira (14), disse uma autoridade, em meio aos esforços para reiniciar as negociações para um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas.
O oficial israelense disse à imprensa que Barnea havia “deixado claro” que um acordo parcial envolvendo a libertação gradual dos reféns está “fora de cogitação”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, “decidiu adotar a abordagem de tudo ou nada nas negociações e optar por um acordo completo para encerrar a guerra e devolver todos os reféns, em vez de um acordo parcial que tem sido a base das negociações até agora”, disse uma segunda autoridade israelense à imprensa.
Essa autoridade disse que Israel acredita que um acordo parcial permitiria ao Hamas obter “todos os benefícios da primeira fase”, incluindo garantias internacionais de um fim para a guerra, o que custaria a Israel sua influência, já que não “poderia retomar os combates” e o grupo “nunca libertaria” os reféns restantes.
Uma delegação do Hamas que estava em negociações com autoridades egípcias no Cairo esta semana também viajou para Doha na quinta-feira (14) para reuniões com o primeiro-ministro do Catar, informou uma autoridade sênior do Hamas à imprensa internacional.
O enviado dos EUA, Steve Witkoff, se reuniu com autoridades do Catar na Espanha no fim de semana para discutir a possibilidade de um acordo abrangente que garantiria a libertação dos 50 reféns restantes, encerraria a guerra e resolveria a situação humanitária em Gaza, de acordo com duas fontes familiarizadas com o assunto.