O Hamas nomeou seu líder em Gaza, Yahya Sinwar, como sucessor do ex-chefe político do grupo militante, Ismail Haniyeh, que foi assassinado em Teerã na semana passada, informou o grupo nesta terça-feira, uma decisão que reforça o caminho radical adotado desde o ataque de 7 de outubro do ano passado contra Israel.
Sinwar, o mentor do ataque mais devastador contra Israel em décadas, tem se escondido em Gaza, desafiando as tentativas israelenses de matá-lo desde o início da guerra.
“O Movimento de Resistência Islâmica do Hamas anuncia a escolha do comandante Yahya Sinwar como chefe do departamento político do movimento, sucedendo o mártir comandante Ismail Haniyeh, que Alá tenha misericórdia dele”, disse o movimento em um breve comunicado.
A notícia da nomeação foi recebida com uma salva de foguetes de Gaza, vindos dos grupos de militantes que ainda lutam contra as tropas israelenses no enclave sitiado.
Sinwar, que passou metade de sua vida adulta em prisões israelenses, é o líder mais poderoso do Hamas que continua vivo após o assassinato de Haniyeh, cuja morte deixou a região à beira de um conflito regional mais amplo após o Irã prometer uma dura retaliação.
Israel não reivindicou a responsabilidade pelo assassinato, mas afirmou ter matado outros líderes sêniores do Hamas, como o vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri, morto em Beirute, e Mohammed Deif, o comandante militar do movimento.
Nascido em um campo de refugiados na cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, Sinwar, 61 anos, foi eleito líder do Hamas em Gaza em 2017, depois de ganhar a reputação de ser impiedoso e um inimigo implacável de Israel.
Antes de ser preso, ele foi chefe do aparato de segurança Al-Majd, que rastreava, matava e punia palestinos acusados de colaborar com o serviço secreto de Israel.
Fonte: InfoMoney.