A Itália não apoiará o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, finalizado este mês, a menos que seja ajustado conforme as solicitações de Roma, declarou a primeira-ministra Giorgia Meloni no Parlamento na terça-feira (17).
“Na ausência de um reequilíbrio (dos termos do acordo), a Itália não estará a bordo”, afirmou Meloni.
A líder italiana, que falou antes de uma cúpula da União Europeia em Bruxelas, também pediu uma discussão sobre a possível emissão de títulos comuns da UE para financiar os gastos com defesa.
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Premiê não é a primeira a se opor, outros países como a França, e comerciantes da Europa, manifestaram descontentamento com a negociação.
O acordo comercial é, no entanto, apenas o começo do que pode ser um longo caminho para torná-lo realidade.
Ele precisa ser legalizado, traduzido e então aprovado pelos países-membros, e pode até ser bloqueado, com a França como o oponente mais feroz.
Acordo fechado após 25 anos
Os líderes do Mercosul e da União Europeia (UE) anunciaram no início do mês o acordo de livre comércio entre os blocos econômicos.
Durante a cerimônia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse que o acordo cria uma das maiores alianças de comércio do mundo.
Desde 1999, Mercosul e União Europeia (UE) trabalham na construção de um acordo de livre comércio entre os dois blocos.
Apesar do anúncio, ainda existem procedimentos a serem realizados antes que o acordo entre em vigor.
Quando o acordo passa a valer?
O acordo entrará em vigor e terá validade jurídica no primeiro dia do mês seguinte à notificação da conclusão dos trâmites internos.
Como o tratado entre os blocos econômicos estabelece a possibilidade de vigência bilateral, bastaria que a UE e ou qualquer país do Mercosul concluísse o processo de ratificação para o acordo passar a valer.