O presidente argentino Javier Milei elogiou as políticas econômicas e anti-imigração do presidente dos EUA, Donald Trump, em um discurso no qual ele novamente criticou a ONU e defendeu seu governo.
“Não somos os únicos a tomar as decisões difíceis que este momento exige. O presidente Trump também entende que é hora de reverter a dinâmica que estava levando os Estados Unidos à catástrofe”, disse Milei à Assembleia Geral, nesta quarta-feira (24).
“Sua política férrea e bem-sucedida de coibir a imigração ilegal deixa isso bem claro. Ele entende que precisa fazer o que for necessário, mesmo que muitos não gostem, antes que seja tarde demais. Em outros países, já é tarde demais para essa decisão”, afirmou.
Milei, que defende políticas liberais de abertura econômica, aplaudiu a política comercial de Washington, marcada pela imposição de tarifas.
“[Os Estados Unidos] estão realizando uma reestruturação sem precedentes do comércio internacional, uma tarefa de magnitude hercúlea que está no cerne do sistema econômico global, pois esse sistema estava saqueando o coração industrial de seu país e o mergulhando em uma crise de dívida sem precedentes”, afirmou.
Milei, que busca fechar um empréstimo dos EUA em um momento de turbulência política e econômica, enfatizou a necessidade de encontrar o equilíbrio fiscal “para que o pão de hoje não signifique a fome de amanhã”.
Ele disse que o crescimento “pode parecer lento e pode ser temporariamente interrompido”, mas considerou a consistência a longo prazo importante.
“A única solução é fazer o oposto do que foi feito no passado. A Argentina tem um governo que decidiu seguir o caminho certo, mesmo que seja o mais difícil”, afirmou.
O presidente também reiterou a “reivindicação legítima e inalienável” da Argentina à soberania das Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, e dos espaços marítimos circundantes que permanecem ilegalmente ocupados, e convidou o Reino Unido a retomar as negociações bilaterais.
Ele também denunciou a situação do policial argentino Nahuel Gallo, detido na Venezuela desde dezembro.