Os legisladores do Reino Unido votaram na terça-feira (17) pela descriminalização do aborto para gestantes.
Uma maioria esmagadora votou para invalidar a legislação da era vitoriana que possibilita processar uma mulher por interromper a gravidez na Inglaterra e no País de Gales, embora profissionais médicos que ajudem a interromper uma gravidez além de certos limites ainda estejam infringindo a lei.
Atualmente, o aborto após as primeiras 24 semanas de gravidez é ilegal nesses dois países do Reino Unido.
Além desse prazo, é permitido em certas circunstâncias, como quando a vida da mãe está em risco.
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Embora a interrupção da gestação seja comum na Inglaterra e no País de Gales, mulheres que fazem isso fora das restrições existentes enfrentam a ameaça de investigação criminal, prisão, processo e até prisão.
A votação de terça-feira (17) — que altera um projeto de lei sobre policiamento e criminalidade — busca remover essas ameaças.
Mas precisa ser aprovada por ambas as câmaras do parlamento britânico antes de se tornar lei.
A grande maioria dos britânicos acredita que as mulheres devem ter o direito ao aborto, segundo pesquisas do YouGov feitas desde 2019.
A última, realizada em abril, mostrou que 88% dos entrevistados apoiavam a medida.