O ministro de Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, chegou a Kiev, capital Ucrânia, nesta terça-feira (14), em uma visita que pretendia enviar um sinal claro do apoio da Europa antes da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que pressionou por negociações rápidas para acabar com a guerra.
“A primeira coisa e mais importante é deixar bem claro psicológica e politicamente que continuaremos a apoiar a Ucrânia”, destacou Pistorius ao chegar a Kiev.
Ele se encontrará com o governo ucraniano para discutir o envio de mais ajuda e avaliará a situação militar.
A visita de Pistorius, que também pretende sinalizar o apoio de Berlim a Kiev antes das eleições alemãs no mês que vem, acontece menos de uma semana antes de Trump ser empossado para um segundo mandato como presidente dos EUA em 20 de janeiro.
Trump diz que resolverá rapidamente a guerra na Ucrânia e criticou a escala do apoio dos EUA a Kiev.
Pistorius, integrante dos Social-democratas do chanceler Olaf Scholz, disse que a Ucrânia precisa de apoio, já que o presidente russo, Vladimir Putin, “está, é claro, tentando recuperar o máximo de terreno possível antes de 20 de janeiro na possível expectativa de negociações de cessar-fogo”.
A Alemanha está entre os principais apoiadores militares da Ucrânia.
Debate sobre auxílio à Ucrânia
Há um debate na Alemanha sobre o apoio à Ucrânia antes da eleição antecipada, marcada para 23 de fevereiro, particularmente porque a Presidência de Trump está pressionando a Europa para aumentar gastos com suas próprias defesas.
Uma cúpula da Otan, a aliança militar ocidental, em Haia no final de junho discutirá o aumento da meta de gastos militares existente do grupo de 2% do PIB nacional, com 3% sendo sugerido por alguns especialistas como uma nova meta potencial. Trump recentemente pediu uma meta de 5%.
Pistorius também planeja continuar as negociações iniciadas durante sua visita à Polônia no dia anterior, onde se encontrou com seus colegas da Alemanha, Polônia, Reino Unido, França e Itália.
Ele disse que discutiria a questão da cooperação industrial para produção de armas na Ucrânia, incluindo apoiar Kiev no aumento da capacidade e concluir acordos.