Um míssil balístico disparado pelos russos atingiu a região de Odesa, na Ucrânia, nesta quarta-feira (6), no mesmo momento em que o presidente Volodymyr Zelensky recebia a visita do primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis. As duas comitivas não foram atingidas, mas o ataque foi próximo o suficiente para que os dois chefes-de-estado ouvissem a explosão.
Em discurso, Zelensky lembrou que esses ataques são constantes e que, apenas na região de Odesa, as forças de defesa aérea da Ucrânia abateram 20 drones “Shahed”, durante a noite, sendo que outros 30 foram abatidos em todo o país.
“Infelizmente, nem todos foram abatidos – houve alguns ataques. Esta manhã, outro ataque foi lançado contra Odesa. E esta é a verdadeira essência das ações da Rússia: terror constante. E cada drone abatido, cada avião russo abatido, cada míssil, significa vidas salvas, casas salvas, infraestruturas salvas. É por isso que a Ucrânia precisa de ajuda com defesa aérea e outras armas”, observou.
Durante uma conferência de imprensa conjunta após a reunião, Mitsotakis descreveu a explosão que ocorreu no porto da cidade. “Quando entrávamos nos nossos carros, ouvimos uma grande explosão”, acrescentando que este foi o “lembrete mais vívido de que há uma verdadeira guerra acontecendo aqui”.
“Esta é mais uma razão pela qual todos os líderes europeus deveriam vir para a Ucrânia. Porque uma coisa é ouvir a descrição da mídia ou do presidente Zelenskyy. Outra é vivenciar a guerra em primeira mão”, reforçou.
Zelensky disse que os detalhes precisos do ataque ainda não eram conhecidos, mas que havia pessoas mortas e feridas no ataque.
O presidente da Ucrânia informou que o primeiro-ministro grego confirmou sua participação na primeira reunião de cúpula sobre a implementação da Fórmula da Paz, que vai ser realizada na Suíça. As partes discutiram também o reforço das sanções contra a Rússia e os seus representantes, o apoio ao trabalho do Tribunal Penal Internacional e o combate à desinformação russa. Eles também conversaram ainda sobre a assistência que a Grécia pode dar ao trabalho de restauração de infraestruturas civis, incluindo igrejas, instituições educativas e locais de património cultural destruídos pelos ataques.
Fonte: InfoMoney