O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse no início desta semana que uma data para uma ofensiva terrestre em Rafah foi marcada, de acordo com um vídeo postado em sua conta oficial do Telegram.
Netanyahu não especificou qual é a data em questão. Ele também disse que a “entrada em Rafah” era necessária para uma “vitória completa sobre o Hamas”.
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Rafah, na parte mais meridional do enclave sitiado, é onde se estima que cerca de 1,5 milhão de palestinos estejam abrigados após fugirem dos combates no norte da Faixa de Gaza.
Mais cedo na segunda-feira, o ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben Gvir, disse que se Netanyahu abandonasse os planos para uma ofensiva terrestre em Rafah, poderia perder o apoio da coligação que o manteve no poder.
O Departamento de Estado americano disse mais tarde que Israel não informou os EUA sobre a data da anunciada invasão de Rafah.
Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado, reiterou que os EUA acreditam que uma ofensiva terrestre “teria um efeito enormemente prejudicial sobre os civis e que, em última análise, prejudicaria a segurança de Israel”.
“Ainda não os vimos apresentar um plano credível para lidar com os 1,4 milhão de civis que estão em Rafah, alguns dos quais se mudaram mais de uma vez, alguns dos quais se mudaram mais de duas vezes”, disse Miller numa conferência de imprensa.
Miller disse que os EUA teriam “mais conversas nos próximos dias, nas próximas semanas” com autoridades israelenses sobre uma potencial operação em Rafah “e como poderiam realizá-la de uma maneira melhor”.