O papa Francisco um defensor de ações contra as mudanças climáticas e pela proteção ambiental, ordenou nesta quarta-feira (26) a construção de um parque solar para atender às necessidades energéticas da Cidade do Vaticano.
O mini-Estado, com sede em Roma, abriga a sede da Igreja Católica mundial e compreende a Basílica de São Pedro. É o menor país do mundo, medindo apenas 0,44 quilômetro quadrado.
Expressando seus desejos em um “motu proprio”, um decreto papal pessoal, o pontífice, de 87 anos, disse que o parque solar deveria ser construído fora dos muros do Vaticano, em Santa Maria Galeria, na periferia noroeste de Roma.
A área pertence ao Vaticano e já abriga um centro de transmissão da Rádio Vaticano, que também será alimentado pelo novo parque solar. O decreto papal não especificou o tamanho do parque ou quando ele estará pronto.
“Devemos fazer a transição para um modelo de desenvolvimento sustentável que reduza as emissões de gases do efeito estufa na atmosfera, visando à neutralidade climática”, disse Francisco no documento de duas páginas.
Francisco emitiu um alerta sobre os perigos e desafios da mudança climática e sobre a necessidade de reduzir o uso de combustíveis fósseis em sua encíclica histórica “Laudato Si” (Louvado Seja), de 2015.
Nela, ele alertou que o planeta estava “começando a se parecer cada vez mais com uma imensa pilha de sujeira”.
No ano passado, ele deu sequência a essa encíclica com a exortação apostólica “Laudate Deum” (Louvado seja Deus), na qual conclamou os negacionistas da mudança climática e os políticos a mudarem de opinião, dizendo que eles não podem encobrir as causas humanas ou ridicularizar a ciência enquanto o planeta “pode estar chegando ao ponto de ruptura”.
O papa deu a tarefa de construir a parque de energia solar ao cardeal que atua como governador do Estado da Cidade do Vaticano e ao chefe da APSA, o departamento que administra o portfólio do Vaticano e é geralmente descrito como seu banco central.