O presidente da Hungria, Tamas Sulyok, assinou o projeto de lei que aprovou a adesão da Suécia à aliança militar da Otan, informou o gabinete do presidente nesta terça-feira (5), abrindo caminho para que a Suécia se torne o 32º membro da aliança no país nos próximos dias.
Estocolmo abandonou a sua política de não alinhamento em prol de maior segurança dentro da Organização do Tratado do Atlântico Norte após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.
As formalidades restantes, como a entrega da documentação de adesão em Washington, deverão ser concluídas rapidamente.
“É tremendamente importante e esperamos que agora nos tornemos membros, e não será uma questão de semanas, mas de dias”, afirmou o ministro da Defesa sueco, Pal Jonson, em entrevista coletiva em Estocolmo.
“Será bom para a Suécia e será bom para a Otan. Será bom para a estabilidade em toda a área euro-atlântica que a Suécia possa tornar-se um membro de pleno direito da Otan.”
A maioria dos países da Otan aprovou a candidatura da Suécia rapidamente após a sua candidatura em maio de 2022, mas a Turquia e a Hungria atrasaram o processo, descontentes com o apoio da Suécia aos separatistas curdos e com as críticas ao governo húngaro.
A adesão da Finlândia no ano passado, e em breve da Suécia, que não está em guerra desde 1814, é a expansão mais significativa da Otan desde que acolheu membros da Europa Oriental após o colapso da União Soviética, em 1991.
A adesão é um golpe para o presidente Vladimir Putin, e a Rússia enfrenta agora uma cadeia quase ininterrupta de membros da Otan a oeste, que se estende do Mar Negro ao Árctico.
Os legisladores húngaros aprovaram a candidatura da Suécia à Otan em 26 de fevereiro, depois que o governo do primeiro-ministro Viktor Orban enfrentou pressão dos aliados para se alinhar e selar a adesão da Suécia à aliança.