O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira (7) que a “vitória total” na Faixa de Gaza está próxima, rejeitando a última oferta do Hamas de um cessar-fogo para garantir o retorno dos reféns ainda detidos no território sitiado.
Netanyahu renovou a promessa de destruir o movimento islâmico palestino, afirmando que não há alternativa para Israel senão o colapso do Hamas.
“O dia seguinte é o dia seguinte ao Hamas. Todo o Hamas”, pontuou o primeiro-ministro em coletiva de imprensa, ressaltando que a vitória total contra o grupo armado é a única solução para a guerra em Gaza.
O Hamas propôs um cessar-fogo de quatro meses e meio, durante o qual todos os reféns seriam libertados. Em troca, Israel retiraria as suas tropas da Faixa de Gaza e seria alcançado um acordo sobre o fim da guerra.
A oferta do grupo armado, cujo conteúdo foi relatado pela primeira vez pela Reuters, é uma resposta a uma proposta anterior elaborada pelos chefes de espionagem dos Estados Unidos e de Israel, entregue ao Hamas na semana passada por mediadores do Catar e do Egito.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, discutiu a oferta com Netanyahu depois de chegar a Israel, após reuniões com os líderes do Catar e do Egito, os países que atuaram como mediadores.
Mais tarde, Blinken se encontrou com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, em Ramallah.
Israel iniciou sua ofensiva militar depois que combatentes do Hamas mataram 1.200 pessoas e fizeram 253 reféns, em 7 de outubro.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que ao menos 27.585 palestinos foram mortos desde então, e que outros milhares estão enterrados sob os escombros.
Houve uma trégua até agora, que durou uma semana, no final de novembro.
Israel disse anteriormente que não retiraria as suas tropas da Faixa de Gaza nem acabaria com a guerra até que o Hamas fosse exterminado.
Mas fontes descreveram que o Hamas está adotando uma nova abordagem à exigência de acabar com a guerra, propondo agora que essa questão seja resolvida em negociações futuras, em vez de uma condição para a trégua.
Uma fonte próxima das negociações disse que a contraproposta do Hamas não exigia uma garantia de um cessar-fogo permanente desde o início, mas que o fim da guerra teria de ser acordado antes que os reféns finais fossem libertados.
Fonte: CNN