O príncipe Harry anunciou nesta quarta-feira (28) que entrará com um recurso depois de ser derrotado em uma ação judicial contra a decisão do governo britânico de retirar sua proteção policial quando estiver no Reino Unido.
Harry, filho mais novo do rei Charles, entrou com o processo contra a administração federal na Alta Corte de Londres depois que o Home Office – o ministério responsável pelo policiamento – decidiu, em fevereiro de 2020, que ele deixaria de receber segurança policial pessoal automaticamente enquanto estivesse no Reino Unido.
Assim como outros membros da realeza sênior, o príncipe recebia proteção total com financiamento público fornecida pelo Estado antes de se afastar de seus deveres reais e se mudar para a Califórnia com a esposa Meghan, em março de 2020.
Seus advogados afirmaram em uma audiência em dezembro que a decisão de retirar essa proteção o submetia a um tratamento ilegal, injusto e injustificável.
Entretanto, a equipe jurídica do governo disse que o Comitê Executivo para a Proteção da Realeza e Figuras Públicas, conhecido como Ravec, não havia decidido que Harry não deveria receber proteção, mas que ele não deveria tê-la na mesma base.
A Alta Corte concordou, concluindo que não houve ilegalidade na decisão.
“Estamos satisfeitos que o tribunal tenha decidido a favor da posição do governo neste caso e estamos considerando cuidadosamente nossos próximos passos. Seria inapropriado fazer mais comentários”, ressaltou um porta-voz do Home Office, acrescentando que o sistema de segurança de proteção era “rigoroso e proporcional”.
O porta-voz jurídico de Harry pontuou em um comunicado que ele pretende entrar com um recurso.
“O Duque não está pedindo um tratamento preferencial, mas uma aplicação justa e legal das próprias regras da Ravec, garantindo que ele receba a mesma consideração que os outros, de acordo com a própria política escrita da Ravec”, alegaram.
Harry esteve no Reino Unido pela última vez no início deste mês, quando fez uma visita rápida para ver seu pai, depois que foi revelado que o rei havia sido diagnosticado com uma forma não especificada de câncer.
O príncipe, que se afastou da família desde que se mudou para os Estados Unidos, comentou que esperava que a doença de Charles pudesse unir a família.
Fonte: CNN