O ministério da Defesa da Rússia disse nesta terça-feira (27) que a Ucrânia, apoiada por alguns países europeus, tomou várias “medidas provocativas” para inviabilizar as negociações diretas de paz iniciadas por Moscou com Kiev.
As primeiras conversas diretas entre a Rússia e a Ucrânia em mais de três anos ocorreram em 16 de maio, na Turquia, mas não conseguiram chegar a um acordo de cessar-fogo.
“Por iniciativa da Federação Russa, o diálogo direto russo-ucraniano sobre uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia foi retomado”, disse o ministério.
“Ao mesmo tempo, o regime de Kiev, apoiado por alguns países europeus, tomou uma série de medidas provocativas visando interromper o processo de negociação.”
Segundo o ministério russo, desde 20 de maio, a Ucrânia aumentou significativamente os ataques de drones e mísseis em território russo, usando munições fornecidas pelo ocidente e tendo áreas civis como alvo.
Entre a noite de 20 e a manhã de 27 de maio, os sistemas de defesa aérea russos interceptaram e destruíram 2.331 drones ucranianos, incluindo 1.465 fora da zona de conflito imediato, segundo o órgão de defesa.
A Ucrânia também relatou uma forte escalada nos ataques russos no território, incluindo um bombardeio recorde na noite de domingo (25).
A intensificação levou o presidente dos EUA, Donald Trump, a comentar que o presidente russo, Vladimir Putin, havia “ficado absolutamente louco”, além de ameaçar com novas sanções.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou nesta terça-feira (27) que os ataques foram retaliatórios, precisos e direcionados exclusivamente a instalações militares e empresas do complexo militar-industrial da Ucrânia.