Segunda-feira, (3), foi o dia mais quente da história já registrado numa escala global. Os dados foram divulgados pelos Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos EUA.
O órgão é ligado à administração Oceânica e Atmosférica Nacional do país (NOAA).
A temperatura média global atingiu a marca de 17,01°C, ultrapassando o recorde anterior de agosto de 2016, que era de 16,92°C. Na ocasião, ondas de calor atingiam severamente diversas partes do Hemisfério Norte.
As regiões sul dos EUA têm sofrido com uma intensa área de calor nas últimas semanas.
Na China, uma onda persistente continua a afetar o país, com temperaturas acima dos 35°C.
E, no norte da África, as temperaturas têm chegado próximo dos 50°C.
No México, o calor teria sido a causa das mortes de aproximadamente 100 pessoas entre os dias 12 e 15 de junho. Na África, as temperaturas têm alcançado marcas superiores a 50°C. A China também sofre com uma onda de calor que elevou as temperaturas a 35°C em algumas áreas.
Pesquisadores do Instituto Grantham para Mudanças Climáticas e Meio Ambiente, no Reino Unido, atribuem as altas temperaturas às mudanças climáticas, associadas aos efeitos do El Niño. “É uma sentença de morte”, avisa a cientista climática Friederike Otto.
Em comunicado sobre o anúncio da NOAA, o pesquisador do instituto Berkeley Earth, Zeke Hausfather, alertou que esse foi apenas “o primeiro de uma série de novos recordes que serão estabelecidos neste ano”.