O forte terremoto no Marrocos, ocorrido na noite de sexta-feira (8), no horário local, e manhã de sábado no Japão, foi a causa de mais de 2,1 mil mortos e milhares de feridos. Muitas das pessoas feridas permanecem em estado crítico, informou a UNICEF.
A ONU estima que mais de 300 mil pessoas foram afetadas pelo terremoto histórico no país, de magnitude 6,8. Mas, a emissora estatal divulgou que são pelo menos 18 mil famílias afetadas diretamente por esse terremoto. Na terceira noite, foram vistas muitas pessoas dormindo nas ruas de Marrakech, enquanto soldados e equipes de ajuda internacionais em caminhões e helicópteros começavam a espalhar-se pelos locais mais remotos nas montanhas.
Cerca de 380 mil pessoas vivem num raio de 50 quilômetros do epicentro do terremoto nas montanhas do Alto Atlas, que fica a menos de 80 quilômetros a sudoeste da populosa cidade de Marrakech. Os esforços de busca e resgate continuam em todo o país e funcionários do Ministério do Interior disseram que o número de mortos chegou a 2 mil e milhares de feridos.
Ajuda Internacional no Marrocos
Vários países como Estados Unidos e França se ofereceram para ajudar, mas as autoridades marroquinas estão aceitando as de 4 países: Espanha, Qatar, Grã-Bretanha e Emirados Árabes Unidos.
“Estamos avaliando cuidadosamente as necessidades, tendo em mente que a falta de coordenação em tais casos seria contraproducente”, afirmou o Ministério do Interior em um comunicado.
Enquanto algumas equipes estrangeiras de busca e salvamento chegaram no domingo (10), quando tremores secundários abalaram os marroquinos já em luto e em choque, outras equipes de ajuda já preparadas para serem enviadas ficaram frustradas à espera que o governo solicitasse oficialmente assistência.
A ajuda demorou a chegar a Amizmiz, onde parecia estar faltando uma parte da cidade de casas de tijolos de arenito laranja e vermelho escavadas na encosta, porque desabou. As estradas bloqueadas por causa dos escombros estão sendo liberadas para que a ajuda chegue às pessoas.
Em qualquer emergência, as crianças estão sempre entre os mais vulneráveis. Crianças e famílias podem ter sido deslocadas pelo terremoto e necessitam urgentemente de assistência. Embora ainda não esteja claro quantas crianças foram afetadas pela destruição, muitas pessoas provavelmente foram deslocadas devido à destruição das suas casas ou porque têm medo de regressar às casas danificadas, informou a UNICEF, na segunda-feira (11).
Várias entidades como a Cruz Vermelha ou Médicos sem Fronteiras estão se mobilizando para oferecer alívio às vítimas, que necessitam de água potável, alimentos, medicamentos e locais seguros, pois perderam tudo.
Assista às cenas das câmeras de segurança no momento da ocorrência do terremoto no Marrocos.
*Com informações MIE