O presidente dos EUA, Donald Trump, renovou sua ameaça de impor sanções econômicas à Rússia caso o país se recuse a interromper sua guerra contra a Ucrânia — mas não estabeleceu prazos para dar continuidade à medida.
“Não será uma guerra mundial, mas será uma guerra econômica”, disse Trump nesta terça-feira (26) sobre as ações que poderá tomar. “Será ruim para a Rússia.”
O líder americano rapidamente acrescentou que não queria impor novas sanções ou tarifas destinadas a prejudicar a economia russa, expressando esperança de que ainda houvesse um caminho para negociar um acordo para acabar com a guerra.
Trump também sugeriu novamente que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tinha alguma culpa pelo conflito, chamando-o de “não exatamente inocente”. “Não importa o que digam”, disse ele. “Todo mundo está se exibindo. É tudo mentira.”
Casa Branca ameaçou repetidamente aumentar a pressão econômica sobre a Rússia devido à guerra prolongada, mas ainda não tomou medidas significativas, estendendo repetidamente seus prazos de duas semanas para Putin.
“O que eu achava que seria o mais fácil está se revelando o mais difícil”, disse Trump sobre a guerra na Ucrânia. “Mas acho que vou conseguir.”
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho. Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones. Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares. Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.