O presidente dos EUA, Donald Trump, disse, nesta segunda-feira (17), que concordaria com o lançamento de ataques contra o México para interromper o tráfico de drogas para os Estados Unidos.
“Por mim, ok, faremos o que for preciso para parar as drogas”, disse ele aos repórteres no Salão Oval.
“Não estou dizendo que vou fazer isso. Mas teria orgulho de fazer”, acrescentou.
A medida representaria uma escalada na abordagem do governo para conter o fluxo de drogas para os EUA, após semanas de ataques a embarcações que, segundo o governo, transportavam drogas.
O presidente prosseguiu dizendo que provavelmente buscaria a aprovação do Congresso para um ataque ao México, “e sabe de uma coisa? Democratas e republicanos concordariam, a menos que sejam malucos”, antes de deixar a porta aberta para um ataque semelhante à Colômbia.
“Tenho conversado com o México; eles sabem qual é a minha posição – estamos perdendo centenas de milhares de pessoas para as drogas”, disse Trump.
“A Colômbia tem fábricas de cocaína onde produzem cocaína – eu acabaria com essas fábricas? Eu teria orgulho de fazer isso, pessoalmente”, acrescentou..
“Eu não disse que vou fazer isso, mas teria orgulho de fazer, porque salvaríamos milhões de vidas fazendo isso”, completou.
O presidente americano ainda se recusou a descartar o envio de tropas a Venezuela.
Em entrevista a repórteres na Casa Branca, o líder americano disse que conversaria diretamente com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, em um “momento específico”, enquanto avalia a possibilidade de lançar ataques contra o país.
“Ele causou danos tremendos ao nosso país”, disse Trump, acrescentando que era uma “questão complicada” saber se havia algum cenário em que Maduro pudesse permanecer no poder.
Um dia antes, Trump sugeriu que uma janela diplomática estava se abrindo com Caracas em meio à um enorme aumento da presença militar dos EUA na região.
Desde o início de setembro, militares americanos efetuaram 21 ataques contra navios que supostamente transportavam narcóticos.
Até o momento, 83 pessoas morreram nesses ataques no Caribe e no Pacífico.
O ditador venezuelano Nicolás Maduro tem alegado repetidamente que a ofensiva militar é uma tentativa de Washington de expulsá-lo do poder.
O desenvolvimento militar na região é o maior não relacionado ao socorro em desastres desde 1994, quando os Estados Unidos enviaram dois porta-aviões e mais de 20.000 soldados para o Haiti para participar da “Operação Uphold Democracy.”

