O velório de Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai e ícone da política da América Latina, foi encerrado por volta de 17h desta quinta-feira (15). A cerimônia reuniu milhares de pessoas, incluindo os presidentes Lula e Gabriel Boric, do Chile.
No final do evento, Maurício Rosencof fez um pronunciamento. Ele era amigo de Mujica e foi preso e torturado com o ex-presidente. Além disso, foi dirigente do movimento de guerrilha do qual ambos fizeram parte.
Após isso, o caixão foi posicionado na Esplanada do Legislativo uruguaio, em frente ao edifício onde ocorreu o velório, onde centenas de pessoas se reuniram para prestar as últimas homenagens a Pepe Mujica.

Após alguns minutos, as bandeiras que estavam em cima do caixão foram tiradas e entregues a Lucía Topolansky, viúva de Mujica. Depois, ele foi levado por um carro funerário.
Seguindo o desejo de Mujica, ele será cremado e as cinzas voltarão para a chácara em que ele vivia, em Rincón del Cerro, nos arredores de Montevidéu, para serem enterradas sob a árvore em que também está enterrada sua cadela Manuela.

Segundo as autoridades uruguaias, mais de 40 mil pessoas compareceram ao cortejo e ao primeiro dia de velório. Além disso, o cordão humano que acompanhou a procissão fúnebre foi composto por 300 pessoas.
O cortejo teve início na sede da Presidência uruguaia, onde o atual presidente, Luis Lacalle Pou, colocou a bandeira nacional sobre o caixão de Mujica.
Em seguida, ela passou por diversos locais que marcaram a vida do ex-presidente, como a sede da organização guerrilheira da qual ele fez parte na juventude e a sede do Movimento de Participação Popular, partido político fundado por Mujica após a redemocratização do país.
Neste segundo dia, o evento também reuniu líderes mundiais, como os presidentes Lula e Gabriel Boric, do Chile.