O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu sinal verde, nesta segunda-feira (21), para um projeto de lei aprovado no Congresso que pretende levantar o sigilo e divulgar informações, até agora classificadas, sobre as origens da pandemia do SARS-CoV-2, em Wuhan.
O objetivo é averiguar possíveis ligações entre o Instituto de Virologia de Wuhan – que estuda o coronavírus –, e a propagação da covid-19. A cidade de Wuhan foi considerada o epicentro da pandemia da covid-19, a partir de 2019.
“Precisamos chegar ao fundo das origens da covid-19, incluindo possíveis ligações com o Instituto de Virologia de Wuhan”, disse a Casa Branca em comunicado. “Devemos conhecer a origem para garantir que saberemos prevenir pandemias futuras”, acrescentou.
“Compartilho do objetivo do Congresso em divulgar o máximo de informações possível sobre a origem da covid-19″, reforçou Biden. “Ao implementar esta legislação, o meu governo levantará o sigilo e compartilhará o máximo possível essas informações”, prosseguiu o gabinete do presidente norte-americano.
Joe Biden disse, em 2021, que após assumir a presidência, tinha “orientado a comunidade de serviços secretos para usar todas as ferramentas à sua disposição” na pesquisa da origem do vírus. A decisão de agora confirma que a investigação está “em andamento” e, em breve, as informações serão tornadas públicas.
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A medida garante, simultaneamente, que o que for divulgado não causará “danos à segurança nacional”. Outro lado Retirar o sigilo e divulgar dados sobre o laboratório chinês de Wuhan pode desencadear um conjunto de interpretações que relacionaria o Instituto de Virologia de Wuhan e o epicentro da pandemia.
Com esta resolução, Biden arrisca aprofundar o desentendimento com presidente da China, Xi Jinping. Pequim já informou que rejeita veementemente a possibilidade de vazamento de vírus, durante os trabalhos de pesquisa inerentes ao laboratório de Wuhan, e que possa ter qualquer responsabilidade na origem da pandemia. As dúvidas sobre a origem do vírus são investigadas por várias agências norte-americanas.
Uma parte considera que a contaminação do vírus aconteceu aleatoriamente a partir um animal infectado. Outra atribui a origem à produção laboratorial, especificamente do Instituto de Virologia de Wuhan. O Departamento de Energia dos EUA, uma das agências que investigam o surto, concluiu com “pouca confiança” que o vírus provavelmente veio de um laboratório. Esta análise coincide com a avaliação do FBI, mas contraria as indicações de outras agências.