Quando era criança, eu li esse divertido livro (título do artigo) na época de escola, e, como todo bom livro faz, aguça nossa imaginação e, leva-nos a viajar para dentro da história. O livro trazia a história de uma cidadezinha no interior do Brasil – Felicidade, a qual estava passando por uma dificuldade financeira generalizada onde todos deviam a todos. Foi quando um senhor avarento, que não gastava nada, nem com tratamentos para sua saúde e, por fim, ele morre e, deixa de herança umas sementes, que dariam origem a “arvore que dava dinheiro”. Quando a arvore começou a dar frutos (cédulas de dinheiro) a cidade ficou em estado de euforia, atraindo muitos turistas a região, fazendo com que a economia dela, voltasse a girar. Porém, nem só alegrias o dinheiro proporciona. Estranho essa afirmação né? Mas, é a realidade.
Pois bem, passados alguns bons anos, o título “reacendeu” na minha mente e, resolvi escrever sobre ele, colocando para os dias atuais, “a árvore que dava dinheiro” Obviamente, que à época, era uma história de ficção. Mas, vire e mexe, ouvimos frases no nosso dia a dia, mais ou menos assim: – você acha que dinheiro nasce em árvores? – você acha que dinheiro é capim? – Se plantar, bons investimentos, vai colher bons frutos financeiros. Entre outros.
Então, colocando para os dias atuais, podemos fazer uma arvore de dinheiro? Analogicamente, sim. Pois sabemos que dinheiro não da em arvores. Dinheiro é fruto de trabalho, organização, planejamento e gestão financeira, poupança, investimentos corretos, disciplina e por aí vai.
Mas, para quem leu o livro e, no meu caso, que me especializei em gestão financeira ao longo dos anos, o livro apresenta outras nuances e, ensinamentos. Compartilho com vocês alguns.
Primeiro, sobre a avareza. De que adianta você amealhar determinada quantia e bens se, não tem generosidade dentro de você? Se não ajuda ou constrói nada que seja de utilidade para outros? E, quando falo em construção, não é só a construção material não. É a moral/intelectual.
Segundo, sobre o egoísmo de cada um olhar somente o seu umbigo. No caso do livro, os moradores não olhavam mais para as pessoas, pois seus olhos estavam fixados no chão, atras de cédulas que voavam com o vento. Como as pessoas hoje em dia? Fechadas em suas telas de celulares, absorvidos por conteúdos nem sempre de qualidade, ou em seus escritórios e empresas, esquecendo-se do principal, viver a vida, compartilhar de bons momentos, de apreciar os que estão ao seu redor, a natureza enfim. Por isso citei lá em cima, que nem sempre, dinheiro traz alegrias.
Terceiro, a “lei de gerson”. Muita gente quer obter vantagens financeiras, sem ter o devido merecimento. São golpes virtuais dos mais variados, rifas nem sempre sérias, pedidos de ajuda sem a devida transparência, supostos anúncios (originados de celulares hackeados). Querem colocar realidade, na arvore de dinheiro fictícia. Não existe almoço grátis. Temos que fazer valer, por meios legais e reais, as formas corretas de ter nossas coisas, nosso trabalho digno, nossas conquistas.
Quarto, a euforia causada pelos frutos da referida arvore, eram momentâneos pois, na história, o dinheiro não podia sair da cidade. Se saísse, simplesmente esfarelava. Isso percebemos nas nossas rotinas também, pessoas preocupadas com o imediatismo. Onde as pessoas cometem abusos e apegos desnecessários a bens. Mesmo sabendo que isso são coisas temporárias. Deixando de lado, o que realmente importa.
No livro retrata ainda, momentos análogos aos de hoje, que é a inflação. Esse dragão que nos assombra cotidianamente, com impressões e circulação de dinheiro que, já não tem o real valor e poder aquisitivo de tempos atras. Aliás, isso será um tema que abordarei em breve.
Voltando ao assunto do título, tem na cultura filosófica taoísta – Feng Shui, que além das organizações de espaços, voltadas a atrair influências benéficas, a tal da arvore do dinheiro. Usada com frequência nas práticas de Feng Shui, a Árvore do Dinheiro é uma poderosa ferramenta para atrair a energia da Riqueza e da Prosperidade. A área monetária de sua casa ou escritório são os melhores lugares para posicionar a sua Árvore do Dinheiro. Seu nome científico é Pachira Aquática, é uma planta tropical e um tipo de árvore de bonsai que pode crescer bastante de acordo com o ambiente, como principal característica, ela possui troncos trançados e folhas multicoloridas, requer luz e rega com frequência. (fonte: https://www.relaxaremeditar.com.br/).
Ela não irá fazer a mágica da história, mas, você fazendo sua parte, que tal experimentar? Bom final de semana, até a próxima.