Gerir uma empresa, de qualquer porte é muito mais que ter uma boa ideia, ter as portas abertas e, ficar atras do balcão, vendendo, ou atendendo aos clientes. Ela inicia bem antes, no planejamento, na concepção da ideia e toda parte financeira que via dar sustentação aos negócios de quem empreenderá. Normalmente uma pequena empresa, começa de forma individual, onde quem empreende, faz tudo na empresa. O famoso: bate o escanteio e corre para área cabecear a bola. Mas, à medida que a empresa se desenvolve, começa a sentir necessidade de ajuda, as vezes a 1ª pessoa é o próprio cônjuge, que já divide a vida pessoal e, passará a dividir a vida profissional. Mas, nem tudo são flores e, às vezes, uma relação pessoal que estava as mil maravilhas, da noite para o dia, vira um verdadeiro caos e, o principal problema, na maioria dos micros e pequenas empreendimentos é, justamente a parte financeira, a falta de grana para cobrir os investimentos e, colocar todas as boas ideias em prática. Essa parte, envolve muita disciplina e, um grande esforço para manter a ordem, evitando assim prejuízos e, dores de cabeça.
Por mais que você tenha ótimas ideias, produtos ou serviços excelentes, o que sempre irá nortear seu empreendimento são as questões financeiras: o dinheiro que entra, o dinheiro que sai, os custos, margem de lucro. Para isso é necessário ter bem claro, uma gestão financeira que pode ser dos próprios empreendedores ou ainda, contratado um profissional especialista na área. Pois nesse assunto, é necessário total domínio e, não pode vacilar, com achismos. Pois, na realidade, dinheiro não dá em arvores (como já publicado em artigos anteriores, aqui neste jornal). É necessário ter um domínio completo do fluxo de caixa, do plano de contas, de estoques (caso o empreendimento venda produtos). Porém, a grande maioria, “foge” do assunto, deixando em segundo plano tudo o que envolve dinheiro. Pois, quem empreende, normalmente entende do segmento da sua empresa e, tudo que envolve a parte financeira é feito “meia boca”, ou pior, não é feito. E é exatamente no financeiro, o coração da empresa, que está a vida ou a morte dela. O primeiro e, com certeza, um dos mais importantes passos na vida de uma micro ou pequena empresa é, a separação das finanças: da empresa e da pessoa física. Sem isso em prática, é certo, que a empresa não vai prosperar. Pode até funcionar, mas, não prosperar. E essa situação é a que mais encontro, quando começo uma consultoria em um cliente novo.
Ter dinheiro em caixa não significa necessariamente que a empresa esteja dando lucro e, se não tiver dinheiro ela esteja dando maus resultados. Se não tiver um controle e, apurar os demonstrativos analiticamente, qualquer resultado, será meramente ilustrativo e, pior, ilusório. É necessário, como dito, envidar esforços para ter um controle financeiro bem detalhado.
O fluxo de caixa é um instrumento diário de controle e análise, a base de toda a gestão e, deixará para o empresário, um norte a ser seguido e, eventualmente, a diminuição de aportes extras, que não seja o próprio capital de giro usual da empresa. Para isso é necessário lançar, seja num caderno, planilha ou sistema, todas as entradas financeiras provenientes da venda de produtos ou serviços e, todas as saídas, separadas por categorias/contas (nesse caso, contas contábeis).
A gestão de uma empresa, não param por aí. É preciso saber gerenciar momentos ruins, como negociar maiores prazos, eventuais multas/juros, protestos, colaboradores (que, neste quesito, merece um artigo exclusivo e, em breve estará aqui), pois não é fácil lidar com o fator humano. E, muitas acabam encerrando prematuramente suas atividades, por não saber lidarem com isso. Não existe uma fórmula ideal. Tem que ter persistência, bom senso e disciplina, muita disciplina.
Nas análises realizadas, é necessário saber a origem das coisas. Perguntem sempre: “os porquês”, “de onde vem” para onde vai”. As repostas indicarão o caminho a ser seguido e, as vezes, até apresenta soluções.
Aos que empreendem com vendas de produtos é muito importante além de saber vender “o seu peixe” é saber comprar. Lembrem-se, estoque é dinheiro investido e, quanto mais tempo ele ficar parado, mais tempo o seu dinheiro ficará parado. É Preciso saber o tempo de giro, de vencimento, de tempo de logística, das condições de venda, do seu público.
A gestão financeira, como já dito em artigos anteriores, não é somente em empresas. Serve muito bem a pessoas físicas / famílias. Se você pensa em empreender, já empreende ou que somente quer se organizar financeiramente, fale conosco no nosso instagram.