É o que todos nós fazemos, ou, deveríamos fazer. Afinal, independente da nossa profissão, temos um lar, uma casa a qual voltamos ao final do dia de trabalho ou, mesmo, aquele que serve como os dois, moradia e trabalho. A ideia deste artigo, surgiu num almoço, na conversa que estávamos tendo, eu perguntei ao meu filho: você sabia, que isso faz parte de um curso superior?
Sim meus leitores, Economia Doméstica é um curso superior, criado 1952 juntamente com a 1ª Escola Superior de Ciências Domésticas, na Universidade Rural do Estado de Minas Gerais, que atualmente é a Universidade Federal de Viçosa/MG. Para atender as demandas as instituições de Extensão Rural no país as Universidades começaram a criar os cursos de Economia Doméstica. Assim, em 1971 foi criado o curso de Licenciatura em Economia Doméstica na Universidade Federal Rural de Pernambuco.
O perfil do/a profissional de Economia Doméstica na época era de educador/a rural, orientando as famílias rurais sobre alimentação e nutrição, como classificar, preparar e conservar os alimentos; saúde e higiene; desenvolvimento humano; vestuário; habitação; administração do lar; educação do consumidor e outras atividades que pudessem contribuir ainda mais para atender as necessidades básicas da família rural. (fonte: https://www.ufrpe.br/br)
Pequenos hábitos, podem fazer significativa diferença na qualidade de vida sua e da sua família. Quem nunca falou: vou guardar um valor parta comprar um carro? Ou, se sobrar algum dinheiro, poderemos viajar nas férias? Essas e outras frases, fazem parte da economia doméstica, que infelizmente, ainda é pouco tratada no nosso país, porém, que impacta muito no nosso dia a dia. E, é isso que a economia doméstica faz, entre outras coisas, ter um planejamento financeiro familiar é de grande valia e, como é aplicado no seu dia a dia. Somente assim, com organização, você conseguirá atingir suas metas pessoais.
A economia doméstica analisa de forma bem minuciosa os comportamentos de consumos de uma família em geral. E, as estratégias utilizadas para tal, geram controles personalizados para cada família cuidar das suas receitas e gastos e, despesas pessoais. É necessário ter o rigoroso controle de todas as entradas (receitas) financeiras e, todos os gastos (despesas), mesmo aqueles pagos em espécie (já até falamos disso em colunas passadas). O resultado financeiro disso será positivo ou negativo, a depender das informações mapeadas.
A falta de um bom planejamento financeiro familiar é a razão do alto nível de endividamento atual no país e, esse número vem crescendo, desde a pandemia. O pouco conhecimento financeiro é o que leva as famílias não se preocuparem com suas receitas e despesas, o famoso, “deixa a vida me levar….”
A qualidade de vida financeira das pessoas está diretamente ligada a economia doméstica, pois é uma prática da própria educação financeira, já que o hábito e a disciplina de manter as contas em dia, poderá ajudá-los futuramente. Você e sua família podem fazer perguntas entre vocês, tais sejam: Como consumir de forma mais consciente? Como administro o dinheiro que entra e sai no meu núcleo familiar? Como ter uma relação saudável com o dinheiro? Comece, e, a partir das respostas de vocês, poderão começar um planejamento financeiro. E, ao longo do tempo, você poderá entendê-lo e ajustá-lo à sua maneira.
Dentro do nosso núcleo familiar, a nossa casa é onde acontece grande parte da nossa vida. Concentrando diversas e grandes despesas, como aluguel escola, saúde, supermercado.
Vai fazer um novo compromisso financeiro? Já verificou se ele cabe no seu orçamento, durante todo a duração do compromisso? Quem nunca fez compras parceladas, seja no cartão de crédito ou nos tradicionais e ainda existentes, carnês? Analise ainda se, esse compromisso vai afetar alguma outra coisa? Às vezes, compramos a vista, não por ter dinheiro sobrando, mas, para não assumir alguma coisa, que mais para frente possa afetar. Guardar dinheiro, não quer dizer que precise ser muito. Comece com o que você tem disponível. É sério, as vezes, R$2,00, R$ 5,00 e R$10,00, bem guardados, podem te ajudar lá na frente. Obvio que tem famílias que podem guardar maiores quantidades. Mas, aqui, estamos tratando do básico mesmo, do início. Se conseguir, guarde dinheiro antes de gastar. Parece obvio né? Mas, se não formos disciplinados, não conseguiremos guardar, pois a “tentação” de comprar algo é grande! Usufrua das suas receitas de maneira consciente e, de acordo com elas. Coloque isso na sua cabeça. Certamente, dias melhores virão, financeiramente para vocês.