Tudo começou nos anos cinquenta com a ideia do proprietário do estaleiro S. João no bairro do CAXANGÁ. A origem da palavra vem de mata extensa o que por ali era muita antes da construção do estaleiro de S. João. O dono devoto do santo ergueu primeiro uma capela de madeira e ali eram feitas as missas e procissão a tarde pelos arredores, mais tarde as comemorações como arraiais (com comidas típicas, compartilhadas com os moradores do lugar). Depois vieram as quadrilhas e bois para animar o fim da festa do dia 24, convites eram expedidos por toda a região para que participassem da festa, meus pais e eu éramos sempre convidados.
Às 06 horas da manhã extenso foguetório antes da primeira missa. Ao meio dia outra vez fogos ecoavam ininterruptos lembrando a todos as festividades. Às 7hs da noite novamente e já escuro nova policromia aos céus com foguetes e cores dos mesmos. Missa procissão e depois fogueiras e só comidas típicas e só danças da época. A capela hoje esta transformada em arquitetura moderna (os herdeiros continuaram com a devoção paterna), sob a jurisdição da congregação salesiana de São José Operário, todos os sábados tem missas, feriados e dias santificados sempre a igreja esta aberta para seus fiéis.
Candido Mariano, Jonathas Pedrosa, Caxangá, Dr. Lourenço Braga… estes são alguns dos caminhos da procissão. Maria, mãe de Deus, foi avisada pelo arcanjo Gabriel que seria mãe do filho de Deus e que este levaria o nome de Jesus (Deus conosco) maria tinha apenas 13 anos e ao saber pelo anjo que sua prima Izabel casada com Joaquim iria ser mãe fora de idade fértil, rumou para sua casa 150 km de distância da de Jesus e foi passar e meses com sua prima para ajudá-la afinal com bastante idade com o aparecimento de dois homens desconhecidos pedindo descanso como casal Joaquim surpreso com a novidade de ser pai idoso: ficou mudo.
Por duvidar de Deus só voltou a falar depois do nascimento de seu filho João, no entanto a história começou, mas era anos atrás dois homens de branco a cercaram-se da casa e cansados pediram hospitalidade. Joaquim mandou matar cordeiro e bezerro, leite e mel. Tratou-os como de família. Quando foram embora avisaram o casal, “Para o ano sua mulher terá um filho. Eram anjos, mensageiros de Deus”.
Maria ao se defrontar com Isabel foi surpreendida pela frase! “Isabel disse que a criança se mexeu em seu ventre e encheu-se do Espirito Santo” (MC. 1.41) pois afinal ele seria o percursor de Jesus concebido. Bendita eis tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre (LC, 1,42) Hino subversivo de Maria o “Magnificat” As mulheres judias tem esse símbolo és hábito sempre cantar, é uma maneira de louvação e oração, “minha alma engrandece o senhor”. E meu espirito se alegra em Deus meu salvador. Porque olhou a humildade de sua serva, por isso desde agora me chamarão de BEM AVENTURADA porque Deus fez em mim maravilhas, Santo é seu nome dispersou os soberbos de coração e exaltou os humildes e todos me chamarão de mãe de Deus…
Porque o costume das fogueiras e dos padrinhos e madrinhas das fogueiras. Lí certa vez num livro que como José, Maria e Jesus moravam longe, seria acendida imensa fogueira para que sua claridade levasse aos familiares o nascimento de João Batista. E assim aconteceu. Assim souberam que nascera o primo de Jesus, João Batista. Depois com o tempo as comunidades criaram o hábito de erguerem fogueiras em frente a suas casas. E como complemento transcendental, possuía-se pensamento de como nos batizados seculares, escolherem a madrinha ou o padrinho de fogueira de S. João. E estavam conscientes desse cargo, que o escolhido sempre era convidado como padrinho ou madrinha de fogueira “Jesus disse, Maria confirmou que o Sr. Elias será padrinho com as bençãos de S. João” Esse era o dito a cada padrinho ou madrinha e chamado assim por toda a vida. Era afilhado per omnia, saeculum saeculorum”.