O dia dedicado a celebração do CHAMPAGNE, o mais famoso de todos os espumantes, cai sempre na última quarta feira de outubro de cada ano.
Em 1927, a Região Francesa de Champagne ganhou o título de AOC – Appellation d’Origine Contrôlée (Denominação de Origem Controlada). Isto significa que, apenas os vinhos feitos de uvas – Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay, cultivadas dentro desta região delimitada e respeitando rigorosos métodos de produção, podem usar o nome champagne. Essa famosa região fica situada a 150 quilômetros de Paris.
Se é Champagne é Francês
É comum a confusão entre Espumante e Champagne. Contudo, as duas bebidas são similares, o que as diferencia é o local de produção e precisa seguir o método tradicional de fermentação dupla, o método Champenoise.
Como Surgiu?
Dom Pérignon era o responsável pelas adegas da Abadia de Hautvilleres, na diocese de Reims na França. Reza a lenda que Dom Perignon ficou curioso com a afirmação dos vinicultores de que certos tipos de vinhos fermentavam novamente depois de engarrafados. Essa refermentação do vinho que ocorria dentro das garrafas fechadas provocava a liberação do gás carbônico, provocando pressão que estourava os tampões ou arrebentavam as garrafas. Dom Pérignon então experimentou garrafas mais fortes e utilizou rolhas amarradas com arame, conseguindo obter a segunda fermentação dentro da própria garrafa.
Com o aprimoramento da técnica, a fermentação passou a ser controlada por açúcares e fermentos, conseguindo assim o equilíbrio sobre a efervescência, possibilitando a elaboração de um produto mais agradável ao paladar. Ao provar a bebida, dizem que que o monge se surpreendeu e comentou: “estou bebendo estrelas”.
Contudo, Dom Pérignon tinha um problema com o seu produto: os resíduos da segunda fermentação permaneciam na garrafa, fazendo com que a bebida tivesse uma aparência feia, o líquido turvo e não límpido. Foi então que uma mulher, Barbe-Nicole, conhecida como Veuve Clicquot
A Viuva Clicquot
Em 1740, a moda do champanhe acabou repentinamente. Produtores e distribuidores inflaram o mercado de espumantes, encharcando os salões nobres com bebida de má qualidade, em busca de dinheiro fácil. Isso quebrou as pernas dos vinicultores da Champagne, cuja reputação acabou abalada. No fim do século, a situação começou a melhorar para eles, com novos e engajados produtores. Mas alguns problemas persistiam. Garrafas ainda explodiam vez ou outra e os vinicultores não tinham como aumentar a fabricação de forma rentável e segura. Isso mudou com Barbe-Nicole Clicquot Ponsardin (1777-1866). Em 1805 ela perdeu o marido, um produtor da Champagne e, mesmo sem experiência com negócios e sem dominar a produção do vinho, transformou a indústria com uma marca que evidenciava a sua condição de mulher na sociedade francesa do começo do século retrasado: aquela bebida passaria a ser conhecida como a da viúva Clicquot.
A Veuve Clicquot desenvolveu técnicas essenciais no chamado método tradicional, também conhecido como champenoise. É o caso do remuage, em que as garrafas ficam em um suporte, inclinadas de cabeça para baixo. Regularmente, o produtor girava as garrafas, o que desgruda as borras das paredes do vidro. Já no dégorgement eles removiam as borras, concentradas no gargalo graças à etapa anterior. Assim, era possível retirar os resíduos sem desperdiçar muita bebida.
Sem essas técnicas, propagadas pela Veuve Clicquot, o champanhe seria uma bebida exclusiva de nobres e ricaços. Certo, ela ainda é uma bebida relativamente cara, você pode dizer. Mas seria muito mais e jamais teria a fama que ganhou.
Tamanhos de Garrafas de Champanhe: Um Mundo à Parte
O champanhe é conhecido por seus diferentes tamanhos de garrafas, que vão além da garrafa padrão de 750 ml. Você já ouviu falar de uma magnum, uma jeroboam ou até mesmo de uma nebuchadnezzar? Cada uma dessas garrafas tem seu próprio significado e é usada em ocasiões especiais.
O champanhe é uma das bebidas mais apreciadas do mundo, representando momentos especiais e celebrações memoráveis. No entanto, é importante lembrar que o champanhe é mais do que apenas uma bebida para ocasiões especiais, ele pode ser desfrutado em qualquer momento que se deseje acrescentar um toque de elegância e sofisticação.
Além da Celebração: O Champanhe na Gastronomia
O champanhe não é apenas para brindar; ele também é um excelente acompanhamento para pratos gourmet. A acidez e as bolhas do champanhe podem realçar o sabor de frutos do mar, queijos, aperitivos e até mesmo pratos mais exóticos, como sushi.
Assim, o Dia do Champanhe é uma oportunidade não apenas para celebrar a bebida, mas também para apreciar a história e a tradição por trás dela
E lembrem-se, vinho bom é aquele que gostamos.
Um abraço, um brinde e até a próxima!!