O advogado Ariel de Almeida Moraes, de 26 anos, foi indiciado por suspeita de apropriação indébita de indenizações dos clientes, em Itapiranga (localizado a 227 quilômetros da capital amazonense). De acordo com a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Ariel também teve a atividade profissional de advocacia suspensa pela Justiça, além do bloqueio de seus bens e valores.
Segundo o delegado Aldiney Nogueira, titular da 38ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) do município, as investigações iniciaram em fevereiro deste ano, após a unidade policial ter sido procurada pelas vítimas de Ariel, informando que haviam ingressado com ações judiciais contra uma instituição bancária, por intermédio do advogado, mas não estavam recebendo os valores da indenização.
“Chegamos ao total de 53 vítimas até o momento, que forneceram cópias de documentos como sentenças judiciais, alvarás e comprovantes de recebimento de valores por parte do advogado. Com base nisso, ele [Ariel] foi indiciado por apropriação indébita majorada pelo exercício da profissão”, explicou a autoridade policial.
Indícios e provas
Ainda segundo Nogueira, foi realizado o auto de qualificação e interrogatório do advogado, que negou os crimes e disse que tinha como comprovar sua inocência. No entanto, durante um prazo de dois meses, Ariel não apresentou nenhum documento que comprovasse que suas alegações eram verdadeiras.
“Com isso, tivemos indícios e prova da materialidade do crime diante dos diversos documentos apresentados pelas vítimas. Por entendermos a gravidade da situação, representamos pela sua prisão junto ao Poder Judiciário, que foi indeferida”, disse o delegado.
Mesmo com a prisão indeferida, a Justiça concedeu outras medidas cautelares contra o advogado, também representadas pela Polícia Civil, como a suspensão da atividade profissional de advocacia e bloqueio de bens e valores, como forma garantir o futuro ressarcimento às pessoas lesadas.
*Com informações da assessoria