BRASIL – A Polícia Civil investiga nesta segunda-feira (18), um triplo homicídio contra um casal ocorrido neste domingo (17). Morreram o motorista por aplicativo, a esposa e o bebê, que ainda foi operado mas faleceu na manhã de hoje.
O caso chocou iterói, no Rio de Janeiro. Filipe Rodrigues e Raissa Santos morreram na hora. Miguel Felipe dos Santos Rodrigues, de apenas 7 meses, foi baleado na cabeça e no joelho, foi socorrido, mas morreu hoje.
Casal do bem
“Uma pessoa de bem, trabalhadora, trabalhava de Uber e colocando gesso. Era uma pessoa maravilhosa, não era envolvido com nada. Ele tinha uma vida linda pela frente, uma família linda, um sonho, e uma pessoa vem e acaba com a vida deles assim”, disse Adriana Rodrigues, prima de Filipe, que não tem passagem pela policia.
Os bandidos fugiram após ficarem lado a lado com o carro e atirarem.
Mais polícia
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do Núcleo de Combate ao Feminicídio (NFC), da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), prendeu, na quinta-feira (14/03), Cledson Melo de Albuquerque, 51, autor do feminicídio da cobradora de ônibus, Jeane Castro Soares, 38. A vítima (cobradora) foi morta por asfixia causada por sufocação no dia 3 de março deste ano, no bairro Cidade de Deus, zona norte.
Em coletiva de imprensa, o delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS, disse que a prisão do homem é resultado de uma incansável investigação referente a morte da cobradora de transporte coletivo, encontrada sem vida em seu apartamento. As diligências foram iniciadas de imediato e apontavam como único e principal suspeito do crime o companheiro da vítima.
“Logo em seguida ao crime, Cledson não foi mais visto, sendo que, na noite anterior, eles estavam juntos comemorando um aniversário. No decorrer das investigações foi constatado que os vizinhos do casal chegaram a ouvir, naquela noite, uma discussão de ambos com bastante xingamento por parte do suspeito dirigido a vítima, seguidos de estrondo como se uma pessoa tivesse caído ao chão”, disse.
Segundo o delegado, tudo isso chamou a atenção das equipes da DEHS, que tiveram acesso às imagens de câmeras de segurança em torno do apartamento da vítima.
“Foi possível observar os passos deles e constatou-se que somente Cledson e Jeane tinham entrado na casa, e apenas ele tinha saído do local ao amanhecer. Com isso, conclui-se que ele foi o autor do crime de feminicídio cometido contra Jeane”, relatou.
Conforme a delegada Marília Campello, coordenadora do NFC, Cledson não admite que tirou a vida da companheira. Ele compareceu à DEHS um dia após o crime e disse que, depois do aniversário, ele foi para a casa dela e lá eles discutiram porque ela não queria que ele saísse.
“Segundo o homem, depois disso, ele foi para a casa de um tio e, ao chegar na residência, o indivíduo ligou para a mulher, mas ela não atendeu o telefone. Por conta disso, ele pediu para o proprietário do imóvel onde a vítima morava ir ao local”, disse.
De acordo com a delegada, ainda em depoimento, o suspeito disse que o dono da residência autorizou a entrada de um funcionário seu na casa e o homem encontrou a Jeane sem vida e desnuda sobre a cama.
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“No laudo médico, é confirmado que ela foi morta por asfixia causada por sufocação, o que não resta dúvidas de que, com todas as provas colhidas e mesmo não admitindo o crime, Cledson é o autor da ação criminosa”, salientou.
A coordenadora do NFC informou que Jeane foi encontrada com marcas de escoriações na face, crânio e lábios. Além das unhas quebradas, o que mostra que houve uma luta corporal entre ambos e ela, possivelmente, tentou se defender.
“O casal viveu juntos por dois anos, mas a relação era extremamente conturbada e violenta. O homem já tinha em torno de três Boletins de Ocorrência (BOs) em seu nome, de violência doméstica praticada contra uma ex-companheira, ou seja, um histórico de uma pessoa agressiva durante muitos anos”, disse.
Prisão
Conforme a delegada, no dia seguinte quando apareceu na delegacia e contou sua versão, Cledson simplesmente sumiu por um tempo. Ele tem nove irmãos e todos os endereços foram visitados pela equipe policial da DEHS para localizá-lo, inclusive em Juruti, no Pará.
“Na data de ontem, ele compareceu na delegacia com um advogado, ocasião que foi cumprida a ordem judicial em seu nome”, contou.