Manaus – Ana Júlia Azevedo Ribeiro, de 29 anos, deu uma entrevista na manhã desta sexta-feira (11) para falar sobre o caso Débora Alves. Na ocasião, a companheira do vigilante Gil Romero Machado Batista, 41, apontado como principal suspeito do crime, negou ter conhecimento sobre o caso extraconjugal de seu marido e a gravidez da vítima, a jovem Débora da Silva Alves, de 18 anos.
“Eu fiquei sabendo do caso no domingo [dia 6 de agosto], através do irmão de Débora. Foi quando também soube sobre a gravidez [da vítima]. Surgiram rumores de que a jovem estava grávida de um rapaz chamado Gil, mas o nome pelo qual o meu marido era conhecido era Romero. Eu não tinha conhecimento da gravidez”, relata Ana Júlia.
A mulher compartilhou que o irmão de Débora veio até o bar de Gil para obter informações sobre sua irmã, que estava desaparecida desde a noite anterior, depois de mencionar que se encontraria com Gil.
“Eu havia acabado de chegar do trabalho. Nós estávamos no bar, e o irmão dela veio e estava determinado a falar com Gil. Perguntei o que estava acontecendo, e ele disse que queria falar somente com Gil. Respondi que, como esposa dele, precisava saber o que estava ocorrendo… Ele perguntou: ‘Onde está minha irmã?’”, enfatiza.
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Ana Júlia conta, ainda, que estava casada com Gil Romero há 14 anos e que, até aquele momento, não tinha conhecimento de qualquer envolvimento extraconjugal por parte de seu marido.
Sobre conhecer a vítima
Durante o relato à imprensa, Ana Júlia também mencionou que conhecia Débora apenas de vista, pois a jovem já havia se relacionado anteriormente com o irmão dela, que não teve o nome revelado.
“Débora entrou em minha vida por meio de seu relacionamento com meu irmão. Eu nunca cheguei a ter uma conversa com ela, de nenhum tipo”, afirma a mulher.
Questionada, Ana Júlia também negou as alegações feitas pela família da vítima, de que ela teria feito ligações e enviado mensagens para Débora durante a gravidez.
“Isso é completamente falso. Nunca tive nenhum tipo de contato com Débora. Ela estava nas minhas redes sociais porque tinha conexões com a minha família, especialmente com a minha mãe que morava na zona leste”, explica Ana Júlia, que também negou qualquer participação no crime ou na fuga do marido, que ocorreu no dia seguinte ao incidente.
“Não tive contato com ele [Romero] depois disso. Inclusive, comuniquei ao delegado que estava interessada em saber onde ele estava, pois não sabia se ele estava vivo ou morto. [Quando o caso veio à tona], até apareceram pessoas de moto em frente à minha casa, procurando por ele. A última vez que falei com o Gil foi no domingo [dia 6 de agosto]”, assegura a mulher.