A prisão de Adriano Fogassa de Almeida, de 24 anos, selou o caso do empresário Rafael Moura Cunha, 40, assassinado com dois tiros na cabeça, em dezembro de 2021, quando a vítima deixava o estabelecimento comercial que gerenciava, localizado no conjunto Eldorado, bairro Parque Dez de Novembro, zona centro-sul de Manaus.
De acordo com a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Adriano foi apresentado na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Ele é apontado como executor de Rafael e o terceiro envolvido na morte do empresário, que teria sido encomendada pelo sócio da vítima, Julian Larry Barbosa Soares, de 34 anos, por conta de uma dívida estimada em R$ 300 mil que era cobrada por Rafael. Julian foi preso em abril de 2022.
Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (14), o titular da DEHS, delegado Ricardo Cunha, esclareceu que após dois anos da ação criminosa, as polícias civil e militar conseguiram chegar até o assassino de Rafael e, assim, dar um desfecho ao fato que resultou na morte do empresário.
“Em mais uma ação investigativa bem sucedida, conseguimos elucidar a morte de Rafael. O empresário era um homem de bem e foi alvejado de forma sorrateira, no momento em que saía de seu estabelecimento”, relatou Cunha.
Investigações
De acordo com a autoridade policial, as investigações iniciaram logo após a ação criminosa, e foram coletadas imagens das câmeras de segurança do local, que ajudaram na identificação dos envolvidos.
“As investigações também apontaram que o executor do assassinato foi Adriano Fogassa Almeida. Em seu interrogatório, o suspeito contou com riqueza de detalhes a sua participação no crime, disse que teve reuniões onde estudou o local de trabalho do Rafael, fotografias para identificá-lo, e o veículo que o mesmo utilizava”, explicou o titular da DEHS.
Ainda segundo Cunha, além de ter uma dívida pendente com a vítima, Julian queria ser o único dono do empreendimento. Ele, então, teria contratado Alinelson William Araújo Pereira para matar Rafael, mas como o homem usava tornozeleira eletrônica, repassou o serviço para Adriano.
Em depoimento à polícia, após a prisão, Adriano disse que “saiu no prejuízo” com o crime, pois recebeu apenas R$ 1 mil pelo serviço, já que os demais envolvidos foram presos antes de quitar o pagamento. Durante o relato, o suspeito afirmou, ainda, que teria recebido a quantia das mãos de Julian, e que a rotina da vítima foi estudada por eles em reuniões para que não houvesse erro.
Rafael era dono do Pagode no P10 e Puraka Mídia. Ele foi assassinado no dia 2 de dezembro de 2021, com dois tiros na cabeça disparados por Adriano, conforme apontam as investigações da DEHS. Imagens do circuito de segurança auxiliaram nas investigações para a identificação do executor.
Adriano foi preso na última sexta-feira (11). Ele irá responder por homicídio qualificado e ficará à disposição da Justiça.
*Com informações do Portal A Crítica