A madrasta e o pai de Ian Cunha, morto aos 2 anos, serão julgados nesta terça-feira (10 de dezembro) em Belo Horizonte. O crime foi cometido em janeiro do ano passado.
De acordo com denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a madrasta é suspeita de matar o menino ao feri-lo com um ‘instrumento contundente’. Muito machucada, a criança teria agonizado por horas em casa.
Já o pai do menino, conforme a denúncia, ‘concorreu para a consumação do crime’, já que tinha o dever legal de proteção, cuidado e vigilância. Após saber das agressões, ele estaria ciente de que o menino apresentava graves ferimentos, mas teria se omitido, esperando algumas horas para levá-lo ao hospital. Com isso, impediu que o menino recebesse tratamento eficaz a tempo.
O homem tinha a guarda compartilhada da criança, que ficava aos cuidados dele e da madrasta aos fins de semana. A mulher também é acusada de utilizar recurso que dificultou a defesa da vítima, já que aproveitou o momento em que estava em casa sem a presença ou vigilância de outro adulto. Conforme a denúncia, o crime foi cometido porque a mulher estava insatisfeita com o fato de o menino ser fruto de uma relação extraconjugal do companheiro.
“Com relação à acusada, o crime foi cometido por motivo torpe, este consistente na insatisfação da acusada em ser a vítima gerada em relação extraconjugal do acusado, estabelecendo com a criança relação de repulsa. Com relação ao acusado, o crime foi cometido por motivo torpe consistente no fato da vítima representar uma fonte de conflito com a companheira, ante a criança ser fruto de um relacionamento extraconjugal mantido com terceira pessoa”, diz a denúncia.