Manaus (AM) – Ana Beatriz Barbosa Guimarães, de 20 anos, confessou detalhes sobre sua participação no assassinato da própria sobrinha, Lorena Ferreira Rodrigues, de apenas dois anos, junto com o companheiro identificado como John Lenon Menezes Maia. A confissão foi feita nesta quarta-feira (31), após a prisão da suspeita.
Durante o interrogatório prestado à polícia, a mulher afirmou que seu parceiro torturou a criança diversas vezes antes da menina vir a falecer. “Ele torturava a criança de diversas formas, dava rasteira, batia na cabeça com o esfregão, e isso é compatível com o traumatismo craniano encontrado na criança”, informou Joyce Coelho, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).
Segundo o depoimento, Ana Beatriz contou que ela e o companheiro espancaram a sobrinha, que passou a desmaiar e acordar em consequência das torturas sofridas. Segundo a mulher, em outro momento, ela fez a criança dormir e, quando acordou, percebeu que a menina não estava respirando. Foi quando resolveu ligar para o companheiro, que estava trabalhando, para que ambos decidissem o que fazer com o corpo de Lorena.
Ainda conforme os detalhes dados pela tia da menina, na época do crime, Ana Beatriz enrolou a criança no lençol e a colocou dentro de uma mochila. Durante o percurso feito pelos suspeitos, a intenção do companheiro, segundo ela, foi de atirar a mochila no rio enquanto passavam pela Ponte Rio Negro, porém, ela se negou a fazê-lo.
Os dois, então, resolveram se deslocar com o corpo de Lorena até o município de Autazes (a 113 quilômetros de Manaus), onde o pai da suspeita mora. O corpo da vítima permaneceu dentro da mochila por três dias, sem que ninguém percebesse. Por conta do mau cheiro que começou a exalar, Ana Beatriz foi até o quintal da residência, cavou uma cova e enterrou a criança.
O caso
O corpo de Lorena foi encontrado no dia 27 de março do ano passado. A polícia apreendeu imagens de câmeras de segurança da capital, que registraram o momento em que o casal, em uma motocicleta, transportava a mochila onde o corpo da criança foi achado quatro dias depois do crime por um animal de estimação da família.
O tio da menina e principal suspeito do crime, John Lenon Menezes Maia, segue foragido.