Caso Lorhana: Cléber diz ter matado adolescente por vingança após ela armar uma ‘casinha’ para ele

Manaus (AM) – Após ser preso, Cléber Farias Calheiros afirmou, em depoimento, ter cometido o homicídio de Lorhana Vicente da Silva, que tinha 13 anos. O crime aconteceu em agosto de 2021, no bairro Novo Aleixo, Zona Norte de Manaus.

O casal Cléber e Luziete da Silva Palheta, foi preso nesta quinta-feira (23) em um flutuante, no meio do Rio Amazonas próximo ao município de Urucurituba (cidade localizada a 207 km de Manaus).

De acordo com o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), as investigações apontaram que ele supostamente era o autor do crime, pois na época do acontecimento, o homem inventou uma história que ele e a adolescente teriam sido alvos de um assalto, em que ela morreu.

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  “As investigações iniciaram quando descobrimos que, naquela área onde o crime aconteceu, não houve qualquer notícia de assalto. Então, o Cléber passou a ser o principal suspeito desse homicídio”, contou o titular.

Segundo o delegado, na época do crime, o homem e a esposa fugiram. Logo, após tomarem conhecimento dessa fuga, foi solicitado pela autoridade policial a prisão preventiva de ambos.

“O casal estava sendo procurado para realizar o cumprimento do mandado de prisão deles. Então, nesta semana, recebemos a informação que eles estariam em uma comunidade próxima ao município de Urucurituba”, disse Cunha.

Prisão

As diligências, em torno da prisão de Cléber e Luziete, contaram com apoio da Delegacia Fluvial (Deflu) e foram coordenadas pelo delegado Daniel Antony, adjunto da DEHS.

Segundo informações, no momento em que policiais civis localizaram o autor do crime, ele tentou fugir do local, mas foi capturado. O adjunto da especializada relata que, após a prisão, o suspeito confessou, em interrogatório, o crime cometido.

“Ele alegou que no dia do fato o disparo da arma teria sido feito, em retaliação, à uma suposta casinha contra ele. O fato é repugnante, pois o que supostamente aconteceu não justifica o crime cometido por ele”, disse Antony.

Em depoimento, o homem confirmou que tinha um relacionamento extraconjugal com a vítima. Ele trabalhava na confecção de salgados com a ex-companheira e, quando era liberado do expediente, buscava a adolescente para passear de moto.

O delegado adjunto informou, ainda, que Luziete da Silva negou qualquer participação no crime e reconheceu que havia esse relacionamento do Cléber com a Lorhana. “Ela alega que tinha conhecimentos dos fatos, mas que só teve ciência do homicídio tempos após o acontecido”, concluiu.

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