A Operação Curaretinga IV, conjunta da Polícia Federal (PF) com o Comando Militar da Amazônia (CMA), causou perda estimada em R$ 26 milhões ao garimpo ilegal com a destruição de 39 dragas. A nova fase da iniciativa aconteceu na região de tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, entre a sexta-feira (4) e o domingo (6).
“A preservação ambiental tem sido uma prioridade nessa ofensiva militar no Vale do Javari e na fronteira. Esse esforço já resultou na proteção de mais de 62,4 hectares de floresta amazônica”, informa o CMA.
Durante a ação, a PF atuou no rio Jandiatuba, em São Paulo de Olivença (distante 985 quilômetros da capital), em conjunto com diversos órgãos federais e as forças armadas. A polícia afirma que realizou o reconhecimento do local e o apoio logístico, com suporte aéreo da Marinha do Brasil.
“Vale ressaltar que a PF realizou, em conjunto com o Ibama e Funai, ações pedagógicas nas comunidades ribeirinhas para alertar sobre os crimes ambientais. Ademais, a Polícia Federal não só atuou com o policiamento ostensivo e educacional, mas também no acompanhamento da legalidade dos trâmites de polícia judiciária”, destaca a corporação.
Executada pelo Comando de Fronteira Solimões, sob a coordenação da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, a Operação Curaretinga IV teve início em 14 de julho. Segundo o CMA, além de combater o garimpo ilegal, a operação já interrompeu a poluição de ao menos 20,8 kg de produto no ecossistema da Amazônia Ocidental.
“Além da neutralização das dragas, o Exército tem realizado diversas apreensões de materiais ilegais, incluindo motosserras, armamentos, motobombas, balanças, entre outros, totalizando R$ 151.440,00 em apreensões”, destaca o Comando Militar.