Manaus (AM) – Douglas Gustavos Guimarães Campos, de 22 anos, e Paulo Victor de Oliveira Repolho, de 24 anos, tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça, na tarde de terça-feira (16), durante audiência de custódia.
Ambos extorquiam as vítimas e ameaçavam divulgar fotos íntimas em um grupo de aplicativo de mensagens para mais de 200 mil integrantes. Eles foram presos na segunda-feira (15), pelos crimes de extorsão, falsa identidade e invasão de dispositivo informático de uso alheio.
O delegado Antônio Rondon, titular da Dercc, alerta a todos que pensam ou planejam cometer crimes na internet que repensem essa conduta, pois o ambiente virtual não é terra sem lei e há punição para criminosos que se aproveitam disso.
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“Tivemos o caso das prisões em flagrante de Douglas Gustavos e Paulo Victor, que estavam ameaçando e extorquindo vítimas em divulgar fotos íntimas em um grupo de mensagens. Eles foram encaminhados à audiência de custódia e tiveram a prisão preventiva decretada pelo Poder Judiciário”, explicou
A autoridade policial destacou que essa decisão demonstra total intolerância para esse tipo de crime, uma intolerância que não só está no Poder Judiciário, mas como em toda sociedade. Apesar de ambos não terem antecedentes criminais, o caso se torna ainda mais grave pelo sofrimento causado às vítimas, ao serem expostas, conforme apontou a decisão judicial.
Ocorrência
As investigações iniciaram após uma vítima, 22, registrar um Boletim de Ocorrência (BO) na Dercc, informando que estavam circulando fotos íntimas dela em grupo de aplicativo voltado à venda de conteúdo pornográfico; lá eles falavam que para mandar as fotos explícitas, sem emojis, os integrantes deviam transferir os valores para uma chave pix cadastrada no nome de Paulo Victor.
Segundo Rondon, Douglas possivelmente teve acesso a essas imagens invadindo o aparelho celular das vítimas, por meio de links distribuídos pelas redes sociais, e quando elas clicavam, automaticamente, ele conseguia invadir e ter acesso às imagens. Paulo Victor era responsável pela conta bancária onde os valores eram depositados. Os golpistas conseguiram arrecadar em poucos dias mais de R$ 2,5 mil.
Outras duas mulheres já afirmaram que foram vítimas dos infratores. As investigações terão continuidade para averiguar a participação de outras pessoas no delito.
Denúncia
A PC-AM orienta no caso de ser vítima desse golpe, o primeiro passo é registrar o Boletim de Ocorrência (BO) em qualquer delegacia, inclusive, pela Delegacia Virtual (Devir), no endereço eletrônico: https://delegaciavirtual.sinesp.gov.br/.
As vítimas também podem registrar na Dercc, localizada nas dependências da Delegacia Geral (DG), avenida Pedro Teixeira, bairro Dom Pedro, zona centro-oeste da capital.
“É importante a vítima reunir o máximo de informações e provas como prints das conversas, comprovantes de pagamento, endereço eletrônico dos sites fraudulentos, para que as investigações possam ser iniciadas”, enfatizou.
*Com informações da assessoria