Tabatinga (AM) – Após pedido da defesa, o primeiro interrogatório dos acusados de matar o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista brasileiro Bruno Pereira, que seria na segunda-feira (17), foi adiado. Amarildo da Costa Oliveira, Oseney da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima seriam ouvidos pela Justiça pela primeira vez desde que foram presos.
Leia também: Justiça decide nesta segunda-feira se assassinos de Bruno e Dom irão a júri popular
Segundo a Justiça Federal do Amazonas, o juiz Fabiano Verli determinou que o interrogatório seja realizado no dia 8 de maio, mas a data ainda pode ser alterada. Isso porque a defesa entrou com um pedido de liminar no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) para que o interrogatório dos réus seja suspenso até que a Corte de segunda instância decida sobre a possibilidade de oitiva de testemunhas que foram indeferidas pelo juiz.
A defesa pedia, por exemplo, que fossem ouvidos 26 peritos, mas o magistrado negou, alegando que os advogados não trouxeram nenhuma dúvida pertinente sobre as perícias.
Nesta fase do processo, o juiz vai analisar as provas e depoimentos de testemunhas para decidir se os acusados irão ou não a júri popular. Esse é o sexto dia de audiências do caso, que ocorrem em meio a adiamentos e problemas técnicos. As sessões foram suspensas duas vezes por conta de falhas na internet nos presídios e queda de energia em Tabatinga (AM).
Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos no dia 5 de junho de 2022 e os restos mortais deles foram encontrados 10 dias depois. O laudo da PF apontou que Bruno foi morto com três disparos de arma de fogo (dois no tórax e um na cabeça) e Dom foi baleado apenas uma vez no tórax.
A polícia achou os restos mortais dos dois após Amarildo da Costa Oliveira confessar envolvimento nos assassinatos e indicar onde estavam os corpos.
Os acusados Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como ”Pelado” está preso na Penitenciária Federal em Catanduvas, no Paraná, Oseney da Costa de Oliveira, o ”Dos Santos” e Jefferson da Silva Lima, o ”Pelado da Dinha” estão presos na Penitenciária Federal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
*Com informações da Veja