Manaus (AM) – A Justiça do Amazonas decidiu soltar Caio Claudino de Souza, após o suspeito passar mais de dez meses preso ao ser acusado pelo assassinato da servidora do TRT Silvanilde Ferreira. A ordem foi proferida na segunda-feira (3).
A liberdade mediante o uso de tornozeleira eletrônica deverá ocorrer ainda na manhã desta terça-feira (4), onde Caio deixará o presídio. A defesa conseguiu o habeas corpus pela ausência de provas na denúncia oferecida pelo Ministério Público, que ainda não foi entregue.
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A decisão da justiça revoltou a filha da vítima, Stephanie Veiga, que, através das redes sociais, expressou a revolta. “Recebi na data de hoje, uma notícia inaceitável e é com extrema tristeza e indignação a notícia de que fora concedida a liberdade ao assassino da minha mãe”.
Em outro momento, a filha questionou se a justiça está realmente sendo feita. “Não consigo aceitar como justa uma decisão que deixa à solta uma pessoa considerada um assassino, colocando em risco a vida de outras pessoas inocentes e de bem que agem dentro da lei, assim como a minha mãe que sofreu tamanha crueldade de forma indefesa”, finalizou.
Relembre o caso
Silvanilde foi assassinada no dia 21 de maio, dentro do próprio apartamento, localizado em um condomínio no bairro Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus. Segundo a polícia, o corpo dela tinha marcas de estrangulamento e perfurações no abdômen.
Caio Claudino foi preso no dia 31, dez dias depois. Assim que foi preso, a Polícia Civil afirmou que o agente de portaria estava sob efeito de drogas e matou por dinheiro. Depois a defesa pontuou que Caio queria mudar sua versão e afirmou que nunca esteve no condomínio no dia do fato, considerando-se inocente das acusações.
Entretanto, imagens de câmeras de segurança, apresentadas pela equipe da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), responsável pela investigação, mostram o suspeito no elevador e indo em direção ao apartamento da vítima e depois saindo.
Em outras imagens, ele aparece em uma motocicleta deixando a torre de Silvanilde e com uma camisa suja de sangue.