Manaus (AM) – Diversas ações repressivas e preventivas foram cumpridas através da “Operação Átria”, que mirou autores de violência doméstica no Amazonas e em todo o Brasil. As ações foram iniciadas no Estado em fevereiro e finalizada nesta terça- feira (29). Após um mês de diligências, sete homens foram presos por crimes de feminicídio, violência doméstica e dívida de pensão alimentícia.
Em coletiva de imprensa, a delegada Débora Mafra, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), apresentou o balanço da operação, que foi realizada através da união das forças da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) e da Polícia Militar do Amazonas (PMAM).
De acordo com a delegada, o foco principal foi o combate da violência doméstica e familiar, que pode ser física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial.
“Nas ações ocorridas nessas últimas semanas, conseguimos efetuar várias prisões, sendo preventivas, em flagrante e cumprimentos de mandados. Em alguns casos, prendemos homens que tinham mandado de prisão expedido em outro Estado, e estavam foragidos”, disse Mafra.
Além disso, a delegada informou que a operação não teve como intuito apenas as ações repressivas, mas também as preventivas de combate à violência contra a mulher.
“As equipes policiais realizaram também campanhas e palestras em escolas, empresas e órgãos, trazendo uma boa referência para a formação da população, principalmente dos homens. Essas reuniões institucionais teve como objetivo conscientizar e previnir a violência e, em casos mais grave, o feminicídio”, contou a delegada.
Além da capital amazonense, as diligências foram realizadas nos municípios de Borba, Parintins e Manacapuru. Foram ministradas, também, as palestras em Itacoatiara, Novo Airão e Presidente Figueiredo.
Balanço
Em coletiva, realizada na Delegacia Geral da PC-AM, a delegada titular da DECCM, apresentou mais detalhes das diligências realizadas durante o último mês em torno da Operação Átria.
- 7 homens, de idade entre 23 e 27 anos, foram presos;
- 559 casos de denúncia apuradas na capital e no interior;
- 1204 vítimas que denunciaram os abusos e foram atendidas pela Delegacia da Mulher;
- 23 vítimas resgatadas, por cárcere privado ou por situação de medo em denunciar;
- 75 palestras preventivas ministradas em escolas e órgãos.
“Chegamos a conclusão da operação realizada nesse último mês, no entanto, os trabalhos não param. A ronda policial, Maria da Penha, continuará combatendo qualquer prática criminosa contra as mulheres” concluiu Débora Mafra.
Ranking
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o 5º país com mais casos de feminicídio. Um número significativo de mulheres, jovens e meninas são submetidas a alguma forma de violência no País.
