A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 13º e 15º Distritos Integrados de Polícia (DIP), pede ajuda da população para encontrar Flávia Ketlen Matos da Silva, de 34 anos. Ela está foragida desde a segunda fase da Operação Dracma, deflagrada na última quarta-feira (5).
Cunhada do também investigado João Lucas da Silva Alves, conhecido como “Lucas Picolé”, Flávia havia sido presa ainda na primeira fase da operação, mas foi liberada pela Justiça provisoriamente. Segundo a polícia, ela é suspeita de envolvimento nos crimes de receptação qualificada e lavagem de dinheiro, no caso de rifas falsas que já resultou na prisão de quatro pessoas em Manaus.
“Ketlen opera auxiliando na ‘lavagem’ de capitais em uma empresa de Lucas Picolé, onde são vendidos produtos falsificados, utilizando sua conta bancária para receber os valores da venda destes materiais de falsas grifes. Com ela foram encontrados cupons fiscais em seu nome que comprovam a prática”, afirma a polícia, no início das investigações.
O delegado Cícero Túlio, titular das unidades policiais, confirma que Flávia Ketlen atuava em uma empresa de fachada. A organização criminosa, que movimentou R$ 5 milhões em dois anos de atividades, utilizava o suposto empreendimento para escoar valores provenientes de um esquema fraudulento de rifas clandestinas e outros crimes.
“Os valores arrecadados nos golpes eram escoados na compra de veículos de luxo, aluguéis e aquisição de imóveis de alto padrão, além de serem reinvestidos em uma loja de fachada, onde eram comercializados produtos falsificados”, explica o delegado.
O mandado de prisão preventiva da segunda fase da Operação Dracma, em nome de Flávia Ketlen, foi decretado na última terça-feira (4) pela Vara de Inquéritos Policiais da Comarca de Manaus. Além dela, a Justiça decretou e e efetivou as prisões da influenciadora digital Isabelly Aurora Simplício Souza e do ex-companheiro dela, Paulo Victor Monteiro Bastos.
Quem tiver informações sobre o paradeiro de Flávia Ketlen, deve entrar em contato pelo número (92) 98503-8913, disque-denúncia do 13º DIP, ou pelo 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). “A identidade do informante será preservada”, assegura Cícero Túlio.
Esquema envolvia drogas, armas e ostentação
A primeira fase da Operação Dracma aconteceu no dia 29 de junho e levou às prisões de Lucas “Picolé”, Enzo Felipe da Silva, o “Mano Queixo” e Flávia Ketlen. Segundo as investigações, que aconteciam há aproximadamente cinco meses antes da ação policial, os influenciadores já haviam movimentado R$ 5 milhões em dois anos de atividades.
No momento das primeiras prisões, foram encontradas 170 unidades de droga (identificada como LSD), munições para fuzil e uma motocicleta com identificação alterada.
Na segunda fase da operação, em 5 de julho, a Polícia Civil tinha quatro mandados de prisão decretados pela Justiça, sendo que três foram cumpridos. Isabelly Aurora e Paulo Victor foram os alvos, além de uma nova prisão de Lucas “Picolé”.
Paulo Victor participava do esquema auxiliando Isabelly na lavagem de dinheiro, onde diversos objetos e veículos eram comprados por ela e colocados no nome dele, com o objetivo de mascarar o fluxo de dinheiro. Na residência de Aurora, a PC apreendeu uma picape rosa, que estava sendo oferecida como prêmio em um dos sorteios nas redes sociais.
*Com informações da assessoria