A Polícia Federal (PF) deflagrou a segunda fase da Operação Falsi Captiv e a Operação Prision Fake, que investigam duas associações criminosas especializadas em obter de forma fraudulenta o benefício previdenciário de auxílio-reclusão, por meio de falsificação de documentos. A ação ocorreu na manhã desta quinta-feira (31).
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão , sendo três em Manaus e dois em Manacapuru, no interior do Amazonas. Ninguém foi preso.
De acordo com a PF, as ações são continuidade das investigações que iniciaram em 2024 e identificaram um grupo criminoso que recebia o auxílio de forma fraudulenta em nome de pessoas que nunca foram presas.
Já quando o beneficiários eram de fato presos, os investigados adulteravam as certidões de recolhimento prisional e ampliavam de forma ilícita o tempo de prisão para aumentar o valor recebido.
No município de Manacapuru foi deflagrada a Operação Prison Fake, que investiga outra associação criminosa que atua da mesma forma para obtenção do auxílio. As ações eram concentradas majoritariamente no município da região metropolitana de Manaus.
“Tivemos que fazer duas operações distintas no mesmo dia por se tratar de duas associações criminosas e como elas se comunicavam, a que se fazer essas operações para que não vazasse informações ou pudesse haver, e a destruição de alguns elementos de prova”, explicou o delegado da PF, Diego Barroso.
Apesar de serem organizações criminosas diferentes, há indícios de que os grupos mantinham contato entre si. Por esse motivo, as duas operações foram deflagradas simultaneamente com o objetivo de evitar a destruição de provas e a fuga de investigados, como ocorreu na primeira fase da Falsi Captivi.

Primeira fase
Em 2024, foram cumpridos mandados na capital, que resultou na identificação de mais membros de associação criminosa e a utilização de um escritório de atendimento previdenciário que mascarava a ilicitude da atividade.
Na ocasião, cinco pessoas foram presas temporariamente no Amazonas e em Minais Gerais.
De acordo com a PF, os levantamentos efetuados a partir do cruzamento de informações, realizadas pelo relatório de informação do Núcleo de Inteligência Previdência do Ministério da Previdência Social (NUINP), indicaram que o auxílio foi solicitado com data retroativa por meio de documentação falsa e adulterada.
Os elementos indicam um possível prejuízo aproximado, até a última consulta das autoridades, de R$ 1.5 milhão.
Fonte: G1.