A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), celebra, nesta quarta-feira (27/07), os 27 anos do Programa de Prevenção, Revisão, Orientação, Vida, Independência, Dignidade e Amor (Pró-Vida), com uma ação educativa na Escola Estadual Engenheiro Professor Sérgio Alfredo Pessoa Figueiredo. O evento contou com a presença de alunos de diferentes faixas etárias, além de autoridades, palestrantes e integrantes das forças policiais.
O programa, criado em 1998, marca nesta data mais de duas décadas de compromisso com a prevenção à criminalidade e combate às drogas, por meio de iniciativas voltadas à educação, cidadania e fortalecimento dos vínculos entre a polícia e a comunidade. Além disso, apenas este ano, o projeto já atendeu 12 municípios do Amazonas.
Durante o evento, o delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, destacou a importância do contato direto da Polícia Civil com a população.

“Parabenizar primeiramente o coordenador do Pró-Vida, Junior Estivalet, que está à frente desse programa. Hoje, palestramos aqui para algumas crianças, jovens, adolescentes da escola. Essa ação demonstra o trabalho da Polícia Civil, que não é mais aquela que causa receio. Estamos mais próximos da sociedade, porque somos a primeira garantidora dos direitos do cidadão, junto a Polícia Militar do Amazonas (PMAM)”, enfatizou.
A programação incluiu palestras sobre o papel da polícia, exposição de equipamentos táticos da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core-AM), e uma demonstração da Delegacia Móvel, veículo utilizado em grandes eventos para registro de Boletins de Ocorrência (BOs). A unidade, equipada com delegados, escrivães e investigadores, reforça o atendimento em locais de difícil acesso ou grande fluxo de pessoas.
Além do foco institucional, o evento também destacou projetos sociais de integrantes da corporação. O delegado-geral adjunto apresentou o Projeto Jovens Embaixadores, apoiado pela Polícia Civil, que há quatro anos atende cerca de 170 adolescentes, promovendo transformação social por meio do jiu-jitsu.

“Com esse projeto, já revelamos campeões brasileiros e mundiais, como Marco Henrique, que recentemente viajou aos Estados Unidos para disputar o Pan-Americano. O jiu-jitsu resgatou jovens com depressão e problemas emocionais, oferecendo disciplina, respeito e autoconhecimento. E hoje, nós somos referência mundial do jiu-jitsu do Amazonas”, afirmou o delegado.
O evento contou com a presença do coordenador do Pró-Vida, Júnior Estivalet, que ressaltou os 27 anos de atuação do programa, criado na época pelo delegado-geral Vinícius Diniz.

“Quando assumi a coordenação, buscamos entender as principais ocorrências criminais no âmbito familiar, envolvendo crianças, adolescentes, mulheres, idosos e outros grupos vulneráveis, para então direcionar melhor as ações do programa que passou a atuar a partir de quatro eixos temáticos”, contou o coordenador.
Segundo o coordenador, o primeiro eixo trata do uso de drogas lícitas e ilícitas; o segundo aborda o abuso de conotação sexual, com foco em prevenir casos de pedofilia; o terceiro trata dos crimes cibernéticos, como bullying, cyberbullying e fake news; e o quarto eixo aborda o chamado etiquetamento social, que discute a forma como jovens são rotulados por sua aparência e comportamento.
“O interessante do Pró-Vida é que cada palestra traz um conteúdo adaptado à faixa etária do público, com uma linguagem acessível e eficaz. Temos palestras desde o ensino infantil, como a riscos na internet, que é lúdica; duas palestras para jovens, sobre prevenção às drogas e crimes cibernéticos; uma voltada para a família, sobre segurança escolar”, contou Júnior.


Ele ressaltou, também, que há uma palestra destinada às forças de segurança: a Geopolítica das Drogas e Abordagem Sócio-Psicológica da Violência e do Crime. O programa ainda realiza ações com a rede de proteção, como profissionais da saúde, assistência social, psicólogos, conselheiros tutelares e equipes do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
“O Pró-Vida atende toda essa gama de pessoas, não só dentro das escolas, mas também dentro dos centros sociais, igrejas, empresas e instituições públicas. No primeiro semestre de 2025, foram 17,5 mil pessoas alcançadas; em 2024, 37 mil, e em 2023, 58 mil, assim como o apoio que prestamos para a Operação Hagnos, coordenada nacionalmente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), para combater crimes contra crianças e adolescentes em todo o Brasil”, finalizou o coordenador.