A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) está encerrando o ano de 2024 com resultados expressivos no combate aos crimes sexuais contra crianças e adolescentes, destacando operações emblemáticas que evidenciam o trabalho intenso da instituição.
Com ações repressivas e preventivas, delegacias especializadas, tanto na capital quanto no interior, solucionaram casos de grande impacto, reforçando a confiança da população nas instituições de segurança pública.
Operações marcantes
De acordo com a titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), delegada Juliana Tuma, 2024 foi um ano de grandes desafios e resultados no enfrentamento à violência infantil. Operações como Salvaguarda e Hagnos, e as mais de 130 prisões efetuadas pela Depca, exemplificaram a dedicação do órgão em proteger os vulneráveis.
“A Operação Hagnos, realizada em novembro, foi um trabalho intenso, com muitas prisões e medidas preventivas. Notamos que, após essas ações, houve uma diminuição da subnotificação, pois a população percebeu a importância da denúncia. Em contrapartida, isso também aumentou o número de registros de ocorrências, o que nos possibilitou atuar com mais precisão e eficiência”, destacou a delegada.
Entre os casos resolvidos, a delegada apontou episódios de grande repercussão, como a prisão em flagrante de um padrasto que abusou sexualmente dos três enteados, a Operação Salvaguarda, que resgatou um bebê vítima de pessoas envolvidas com tráfico de drogas, e a Operação Armlock, que prendeu um professor de jiu-jítsu por abusar sexualmente dos seus atletas, entre os anos de 2011 a 2018.
“Também tivemos prisões em razão de sentenças condenatórias, que também são importantes e emblemáticas para o combate à violência sexual infantil, além das ações preventivas e repressivas, com destaque para as palestras e medidas integradas com outras instituições de proteção”, disse a delegada.
Reforço no interior
O diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), delegado Paulo Mavignier, destacou o impacto de ações estruturantes que estão sendo realizadas no interior, como a criação de salas de escuta especializada e o reforço de policiais civis, como elo para as ações de combate aos crimes sexuais contra crianças e adolescentes.
“No interior, de janeiro até o momento, já são 148 prisões de abusadores de crianças e adolescentes. Podemos atribuir esses números aos esforços feitos pelos policiais civis que atuam no interior e à sensibilidade do Governo do Estado, que fortaleceu as delegacias com recursos e efetivo”, afirmou.
Em 1 ano, 182 novos policiais civis foram empossados para atuar no interior do Amazonas, após aprovação no concurso público realizado pelo Governo do Amazonas.
Para Mavignier, a atuação integrada com órgãos de proteção dos municípios, como Conselho Tutelar e redes escolares, também foi essencial para cessar ciclos de violência e garantir um futuro mais seguro para as vítimas.
“Essas ações trazem credibilidade à população, que percebe que os crimes não ficam impunes. Isso incentiva as denúncias e, consequentemente, mais casos são resolvidos”, concluiu o delegado.
Com o fim de 2024, a Polícia Civil do Amazonas reafirma o compromisso com a proteção integral de crianças e adolescentes, avançando na prevenção e repressão de crimes, e consolidando a prioridade absoluta desses grupos vulneráveis.