MANAUS – A Polícia Federal (PF) deflagra a Operação Falsi Captivi, nesta terça-feira (19), em que cumpre cinco mandados de prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão relacionados a uma investigação que apura associação criminosa de falsificadores de documentos utilizados para fraudar benefício previdenciário de Auxílio-Reclusão.
Os levantamentos efetuados a partir do cruzamento de informações, realizadas pelo relatório de informação do Núcleo de Inteligência Previdência do Ministério da Previdência Social – NUINP, indicaram que o auxílio foi solicitado com data retroativa por meio de documentação falsa e adulterada.
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Com o aprofundamento das investigações, apurou-se que o grupo utilizava declarações falsas/adulteradas de reclusão, inserção de contrato de trabalho inverídico em CTPS e informação de vínculos empregatícios fraudulenta. A associação criminosa angariava a retroação na data da reclusão do instituidor para justificar um recebimento a maior do auxílio e recebimentos mensais.

Os elementos indicam um possível prejuízo aproximado, até a última consulta das autoridades, de R$ 1.5 milhão.
Policiais federais cumprem os mandados de prisão e de busca e apreensão, no Amazonas, em Minas Gerais e no Paraná. Os alvos da operação poderão responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato previdenciário, falsificação e uso de documentos falsos, com penas que podem chegar a mais de 21 anos de prisão e multa.
Mais PF nas ruas
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (19/3), a Operação Pandora, com o objetivo de descapitalizar organização criminosa responsável por um esquema de importação clandestina de eletrônicos procedentes do Paraguai. As mercadorias eram adquiridas por vendedores atacadistas e introduzidas irregularmente no mercado brasileiro para posterior revenda.
Aproximadamente 20 Policiais Federais e 60 Policiais Militares do BPFRON – Batalhão de Polícia de Fronteira – foram mobilizados para cumprirem um mandado de busca e apreensão no município de Mundo Novo/MS.
Após a Deflagração da Operação Grade A, foi identificado mais um integrante da organização criminosa, e o cumprimento da ordem judicial expedida se deu em estabelecimento vinculado a este indivíduo, sendo o negócio constituído e mantido com dinheiro proveniente do descaminho de mercadorias, com o objetivo de dar aparência de legalidade ao patrimônio por eles movimentado.

Além do mandado de busca, foi determinado o sequestro de bens imóveis, veículos, embarcações e saldos em contas bancárias de titularidade do envolvido. Essas medidas objetivam a descapitalização do grupo, visando assim inibir práticas criminosas futuras, bem como garantir o ressarcimento do dano ao erário público.
Estima-se que os criminosos tenham internalizado mais de R$ 250 milhões em mercadorias desde o início da pandemia de Covid, quando ocorreu o fechamento prolongado das fronteiras entre o Brasil e o Paraguai.
Os bens de valor encontrados no estabelecimento serão apreendidos e encaminhados à Delegacia de Polícia Federal de Guaíra, onde ficarão à disposição da Justiça.