A Polícia Federal, em parceria com a Força Nacional e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), destruiu armas de fogo e materiais utilizados pelo garimpo ilegal no Parque Nacional dos Campos Amazônicos, ao sul do Amazonas.
A operação “Atalaia” teve início na última terça-feira (5), “com o objetivo de prevenir e reprimir a extração ilegal de minério de cassiterita”, explica a PF.
A polícia pontua que, pela impossibilidade de remoção dos aparatos, destruiu escavadeiras hidráulicas, trator de esteira, barracos, motores geradores, motores bombas, armas de fogo e demais mecanismos utilizados no garimpo ilegal ainda no local.
Apesar de não divulgar suspeitos da investigação em curso, a PF afirma que vai aprofundar os fatos e identificar os responsáveis. Caso sejam, de fato, responsabilizados, podem responder por dano, extração de recursos minerais sem licença, usurpação de bens da União e associação criminosa.
Vale ressaltar que, em 2023, a exploração de casserita causou devastação de área equivalene a 118 campos de futebol na área do parque nacional, que faz divisa com Rondônia.
Parque Nacional dos Campos Amazônicos
A unidade de conservação foi oficialmente criada em 2006. Segundo o ICMBio, o Parque Nacional dos Campos Amazônicos abriga parte significativa do maior enclave de vegetação de cerrado do sul da Amazônia Legal.
Ao todo, são mais de 961 mil hectares conservados, que abrigam ao menos quatro espécies ameaçadas de extinção: gato-do-mato, maracajá-peludo, onça-pintada e ariranha. Mais de 68% do território fica em Novo Aripuanã, distante 227 quilômetros de Manaus.