A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), cumpriu, na terça-feira (08/07), dois mandados de prisão preventiva de uma mulher, de 39 anos, e um homem, de 54 anos, por exploração e abuso sexual contra uma adolescente, de 14 anos. A vítima é filha e ex-enteada dos autores, respectivamente.
O delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, destacou que as prisões reafirmam o compromisso da Polícia Civil no combate a toda e qualquer violência contra as crianças e adolescentes.
“Quero, mais uma vez, enaltecer o trabalho incansável das equipes da Depca, que têm dado uma resposta firme e rápida à sociedade. A Polícia Civil tem prendido praticamente um abusador sexual por dia em todo o estado, o que demonstra o compromisso da instituição com a proteção da infância e da juventude”, disse o delegado-geral adjunto.
Conforme a delegada Mayara Magna, adjunta da Depca, as investigações iniciaram a partir de uma denúncia do Conselho Tutelar, que tomou conhecimento de que a adolescente estaria grávida e o pai do bebê seria o ex-padrasto dela.
“A denúncia informava que a adolescente morava com o indivíduo, então a Depca e o Conselho Tutelar foram ao local e a levaram para um abrigo. Na época, ela ainda estava grávida, mas já teve o bebê”, explicou a delegada.
Segundo a delegada, com o avançar das investigações, descobriu-se que a vítima foi explorada sexualmente pela própria mãe dos 8 anos aos 11 anos. A mulher fazia isso para sustentar seu vício em drogas.
“Quando ela tinha 9 anos, a mãe conheceu o ex-companheiro e passou a conviver na residência dele. Nesta idade, a vítima sofreu atos libidinosos por parte do autor. Aos 12 anos, a genitora foi embora e deixou ela com este homem, que passou a manter relações sexuais com a ex-enteada, se aproveitando da vulnerabilidade e da confiança que a vítima tinha nele”, contou a delegada.
De acordo com a delegada, diante da gravidade dos fatos, foram representadas pelas prisões preventivas dos autores. “O homem foi preso no bairro Jorge Teixeira, zona leste, e a mãe foi presa em situação de rua. A vítima permanece no abrigo, junto ao bebê”, finalizou a delegada.
A mãe responderá por estupro de vulnerável na forma omissiva e favorecimento à prostituição; e o padrasto responderá por estupro de vulnerável. Eles estão à disposição da Justiça.