A Polícia Federal (PF) prendeu, na noite da quinta-feira (21), Robson de Souza, conhecido como o o ex-jogador Robinho. De acordo com a polícia, o preso irá passar por exame no Instituto Médico Legal (IML), audiência de custódia e será levado para penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.
O mandado de prisão foi expedido pela Quinta Vara da Justiça Federal em Santos. Antes disso, a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, assinou a autorização para a Justiça Federal prender o ex-jogador.
Para evitar a prisão, a defesa de Robinho entrou com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), que foi rejeitado, em decisão monocrática, pelo ministro Luiz Fux.
Na última quarta-feira (20), por nove votos a dois, a Corte Especial do STJ decidiu que o ex-jogador deve cumprir no Brasil a pena de 9 anos de prisão por estupro. A sentença foi definida pela Justiça da Itália, onde o ex-jogador Robinho foi condenado em três instâncias por estupro, ocorrido dentro de uma boate de Milão, em 2013.
Prisão em Tremembé
Condenado por estupro coletivo, o ex-atleta irá para uma espécie de pavilhão especial, onde ficam os presos de crimes com repercussão nacional. É o caso, por exemplo, de Roger Abdelmassih, que cumpre pena de 173 anos de prisão por estupros e atos libidinosos contra 37 mulheres.
Segundo a CNN Brasil, Robinho pode inclusive dividir cela com o médico, uma vez que a SAP agrupa os presos pelo tipo de crime. Neste caso, crimes sexuais.
Ele começará a rotina em Tremembé com um isolamento que pode durar de 7 a 15 dias. É justamente neste período que o perfil dele será traçado por especialistas da Secretaria de Administração Penitenciária, que apontarão onde ele deve ficar preso. As celas no local comportam de quatro a cinco presos.