Clemilson dos Santos Farias, vulgo “Tio Patinhas” — como é conhecido no mundo do crime —, é um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas, considerado pelas forças de segurança do estado como um criminoso de alta periculosidade. Ele é o braço direito do também traficante Gelson Carnaúba, o “Mano G”, principal comandante da facção Comando Vermelho (CV) na região Norte do Brasil.
“Tio Patinhas” foi preso pela primeira vez em 2018, no estado de Pernambuco. Na época, ele foi apontado como o mandante de vários homicídios em Manaus, por conta do controle do tráfico de drogas na cidade.
Em janeiro de 2022, a Justiça do Amazonas revogou a prisão do traficante. Segundo a juíza Rosália Guimarães Sarmento, a denúncia contra Clemilson foi julgada “improcedente por fragilidade de provas”.
Em dezembro do mesmo ano, “Tio Patinhas” foi preso com drogas. Em outubro de 2023, Clemilson foi condenado a 31 anos e 7 meses de prisão por se associar e custear o tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A Secretária de Segurança Pública (SSP-AM) não informou o local onde ele está preso para preservar a ordem social.
“Dama do tráfico”
Luciane Farias é estudante de direito e esposa de “Tio Patinhas” há 11 anos. Ela acumula nas redes sociais um público de mais de 15 mil seguidores. Luciane é apontada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) como responsável por movimentar o dinheiro do criminoso, enquanto ele está preso.
O MPAM diz ter provas que mostram que Luciane e Clemilson possuem a ligação com o tráfico de drogas e a organização criminosa liderada por ele. O órgão fez a acusação em uma apelação criminal do casal, em 9 de outubro de 2023.
Conforme o MP, Luciane usou o dinheiro adquirido por Clemilson, por meio do tráfico de drogas, para comprar um carro, e um apartamento de luxo, além de abrir um salão de beleza.
Ainda de acordo com as autoridades, o documento, destaca que Luciane era a responsável por acobertar os crimes do marido e utilizar o dinheiro ilícito para custear uma vida luxuosa. A defesa de Luciane, nega todas as acusações e afirma que ela adquiriu os bens com o dinheiro do salão de beleza e do trabalho de Clemilson com frete de cargas.
Após a apelação do MP-AM, Luciane foi condenada a 10 anos de prisão por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. Ela responde em liberdade pelos crimes.
*Com informações do portal G1 Amazonas e O Globo