Manaus (AM) – A juíza do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Juline Rossendy Rosa Neres, negou o pedido de prisão domiciliar a um policial militar acusado de envolvimento na chacina da AM-010, ocorrida em dezembro de 2022.
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Nos últimos dias, um dos acusados solicitou a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, mas a justiça não atendeu o pedido. A decisão foi publicada na última segunda-feira (8), onde a representante do TJAM pautou a audiência de instrução inaugural para os dias 27, 28, 29 e 30 de junho de 2023. Na oportunidade, a justiça irá interrogar as testemunhas indicadas pela acusação e defesa, além de qualificar e interrogar os PMs acusados.
Ao todo, 16 policiais militares estão sendo investigados pela participação na chacina que vitimou dois homens e duas mulheres. As vítimas foram encontradas mortas dentro de um carro no ramal Água Branca.
Relembre o caso
No dia 21 de dezembro de 2022, o carro que transportava Diego Máximo Gemaque, de 33 anos, Lilian Daiane Máximo Gemaque, 31 anos, Alexandre do Nascimento Melo, 29 anos, e Luciana Pacheco da Silva, 22 anos, foi abordado por policiais militares da Rocam no bairro Nova Cidade e, posteriormente, os corpos das quatro pessoas foram encontrados no ramal Água Branca com sinal de tortura e marcas de tiros. Próximo ao veículo foram encontrados, pelo menos, 12 cápsulas de cartuchos calibre 12.
Três vítimas, sendo duas mulheres e um homem, estavam dentro do veículo modelo Onix com o rosto coberto com balaclava. Um outro homem foi localizado dentro do porta-malas.
As investigações iniciaram após um vídeo da abordagem policial começar a circular nas redes sociais, onde foi possível identificar os oficiais envolvidos nos homicídios.