Vítima de tortura, maus-tratos e agressões praticados pelo próprio pai, uma criança de três anos morreu, na noite desta quarta-feira (7), no hospital Joãozinho, localizado na zona leste da capital. O suspeito de cometer os maus-tratos, um homem de 36 anos, foi preso pela Polícia Militar. Aos policiais que efetuaram a prisão, o homem alegou que tinha dúvidas se o menino era seu filho e, por conta disso, o submeteu a diversas torturas.
O crime aconteceu em uma área rural de Presidente Figueiredo, na comunidade Rumo Certo, situada no quilômetro 165 da BR-174. Na terça-feira (6), a Polícia Militar recebeu uma denúncia do hospital Heraldo Falcão, informando que havia uma criança vítima de agressões e maus-tratos por parte de seu tutor.
Policiais militares foram até o hospital, onde encontraram a criança ainda na ambulância. No local, foi constatado que o menino estava desacordado e com a cabeça enfaixada, estava com as mãos queimadas e possuía diversos hematomas pelo corpo. Além disso, estava com dificuldades para respirar e tinha as mãos queimadas.
A criança foi transferida para o hospital João Lúcio devido ao quadro grave. O menino não resistiu e veio a óbito na unidade hospitalar.
Ainda de acordo com a polícia, o pai da criança foi preso ainda no hospital do município. Na comunidade onde ele morava, a polícia colheu informações de que o homem foi abandonado pela mulher, que deixou quatro crianças sob sua tutela, sendo que a vítima era o caçula.
Tortura
A polícia também informou que, nos últimos dias, a criança foi submetida a diversas torturas, onde o pai espancava e colocava as mãos do menino no arroz quente e batia na cabeça da criança, causando traumatismo craniano, o que teria causado a morte da vítima.
“Foi ele quem levou o menino para o hospital depois que o mesmo passou mal. O pai foi preso e foi entregue na delegacia da cidade. As outras crianças, que não sofriam maus-tratos, foram recolhidas pelo Conselho Tutelar e estão em um abrigo”, informou o comandante do 7ª Comando de Policiamento do Interior, major Wener.
O pi da criança, segundo a polícia, será ouvido e ficará à disposição da Justiça.
*Com informações do Portal A Crítica