Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram uma manifestação em Manaus, neste domingo (3), pedindo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e do presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os protestos também aconteceram em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Belém e Campo Grande, e também em cidades do interior de São Paulo.
O grupo se reuniu na orla da Ponta Negra, na Zona Oeste da capital. O ato teve início por volta das 16h com os manifestantes percorrendo a extensão de um dos principais pontos turísticos de Manaus.
No local, manifestantes vestidos de verde e amarelo exibiam bandeiras do Brasil e cartazes com dizeres como “Fora Lula”, “Fora Moraes” e “Supremo é o povo”.
Durante o ato, os manifestantes criticaram a decisão de Moraes que impôs uma série de medidas contra Bolsonaro, dentre elas o uso de tornozeleira eletrônica. A decisão do ministro afirma que o ex-presidente confessou de forma “consciente e voluntária” uma tentativa de extorsão contra a Justiça brasileira e que agiu com o filho Eduardo para “interferir no curso de processos judiciais”.
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Moraes foi recentemente enquadrado na Lei Magnitsky pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A lei é utilizada para punir estrangeiros com uma série de sanções.
O presidente Lula também foi alvo de críticas e discursos acalorados. Parte dos manifestantes voltaram a criticar a eleição do petista em 2022 e alegaram fraude no processo eleitoral.
Também foi pedido pelos manifestantes a anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília — considerados o maior atentado às instituições da República desde a redemocratização do país.
Estiveram presentes na manifestação o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL), a deputada estadual Deborah Menezes (PL), o presidente do PL no Amazonas Alfredo Nascimento, além de vereadores. Os políticos discursaram em um carro de som, reforçando os pedidos feitos pelos manifestantes.
A dispersão da manifestação começou por volta das 18h. Até a atualização mais recente desta reportagem a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) não informou quantos manifestantes compareceram ao ato.